quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: disseminando a informação e realizando a formação cidadã



Alexandro Muhlstedt


INTRODUÇÃO

É notável a falta de informações sobre a gestão democrática dos recursos públicos pela comunidade escolar em geral. Pretende-se, com a disseminação da informação sobre o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), levar ao conhecimento da Comunidade escolar essas questões.
O PDDE consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica, sendo que o objetivo desses recursos é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os recursos do programa são transferidos pelo Governo Federal, de acordo com o número de alunos extraído do censo escolar do ano anterior ao do repasse.
Espera-se efetivar uma orientação adequada e elaboração do plano de aplicação, assim como fonte de informação a toda comunidade escolar. Concebe-se a noção de que, somente por meio do conhecimento das regras que regem o PDDE é que as pessoas envolvidas poderão atuar de modo consciente e de forma adequada, tendo em vista as reais necessidades da unidade escolar.

2. Problematização

Observa-se na comunidade escolar, as dificuldades de se ter em mãos, textos didáticos e objetivos, que abordem satisfatoriamente os temas sobre gestão dos recursos públicos. Assim, acaba não acontecendo a inclusão dos membros da comunidade escolar na participação de programas e projetos da instituição de ensino.
É difícil realizar atividades de aprendizado, palestras, reuniões e cursos a todos os membros da comunidade escolar, assim como aos membros efetivos do estabelecimento de ensino. Há uma série de dificuldades para esclarecer e demonstrar a importância em conhecer os recursos destinados às escolas, assim como a aplicação dos mesmos.
Pode-se observar, como exemplo, os alunos que não respeitam o patrimônio público depredando o espaço escolar. Compreende-se, então, que devem ser orientados e esclarecidos sobre a origem dos recursos, bem como o uso dos mesmos.

3. Objetivo geral

3.1. Proporcionar o conhecimento de elementos da gestão democrática e de que forma os recursos públicos são utilizados na unidade escolar.

4. Objetivo específico

4.1. Estabelecer ações baseados nas unidades I e II do caderno de estudos do PDDE.
4.2. Propiciar informação a toda comunidade escolar, de modo constante e coerente.
4.3. Oferecer cursos e oficinas sobre a utilização do dinheiro pública para as melhorias da escola.

5. Metodologia

Este projeto contempla os encaminhamentos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Espera-se entender o funcionamento do PDDE, observando seus recursos, em que é permitido efetuar investimentos, o que é vetado, como calcular os recursos do repasse, tipos de recursos, informações junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a prestação de contas, entre outras obrigações a que o programa esté submetido.
Como metodologia, enfatiza-se a necessidade de transformar as informações referentes ao PDDE a todo corpo docente e também disseminando esta aos discentes, aos membros da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e do Conselho Escolar. Desta forma, almeja a socialização das informações, tornando a comunidade escolar mais participativa.
Haverá momentos de formação, utilizando meios como mural escolar, informativos via endereços eletrônicos (e-mail) e produção de material sobre o assunto (cartilha).
Cada educador, de posse das informações pertinentes ao uso do PDDE, poderá, junto a seus alunos, solicitar pesquisas e promover debates, exemplificando e oportunizando a disseminação deste conhecimento no âmbito da escola como exercício de cidadania. Isto se faz necessário para democratizar as aplicações do dinheiro público, que porventura possam ocorrer, dando assim seu parecer e sua contribuição. O projeto será didático educativo visando toda a comunidade escolar de modo geral.

6. Conclusão

Este projeto se faz necessário mediante as atuais políticas públicas que vem regrando as atividades desenvolvidas pelas entidades. No caso, visando o dinheiro direto na escola, sua aplicação, regras, posturas, informações, ou seja, como uma escola pode dispor desta verba orçamentária, de origem Federal, seguindo com rigor os critérios definidos pelo programa.
Faz-se necessário, ainda, respeitar as normativas e o uso deste capital, objetivando os benefícios para o ambiente escolar. Para isso, o conhecimento e o fomento da informação do PDDE constituirá uma comunidade escolar mais participativa e, sobretudo, mais atenta aos investimentos na unidade escolar, de acordo com as suas necessidades.


7. Referências

Caderno de Estudos do PDDE.
Portal dia a dia educação: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação: www.fnde.gov.br


Portal da receita federal: www.receita.fazenda.gov.br

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

RODAS DE LEITURA: Atividade de incentivo e fomento à leitura entre os adolescentes do 9º ano

Alexandro Muhlstedt

No dia 16 de outubro de 2012 os alunos do 9º A, acompanhados pela professora Marion e do 9º B, com a professora Graziella, do Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, de Curitiba, participaram da Roda de Leitura.
A Roda de Leitura é uma atividade da Fundação Cultural de Curitiba e, por meio da parceria estabelecida, os alunos do Ensino Fundamental participam dessa atividade que é desenvolvida pelos mediadores da própria Fundação.
Neste dia, os mediadores Sergio e Leticia, da Casa da Leitura Maria Nicolas, do bairro de Santa Felicidade realizaram a atividade de forma criativa e envolvente. Os alunos de ambas as turmas participaram de forma exemplar e contribuíram para o sucesso da mesma. Sem contar que se sentiram motivados a ler os livros sugeridos e mergulhar com mais autonomia no mundo da leitura.
Como o próprio nome sugere, trata-se de atividade na qual os alunos ficam sentados, dispostos em círculo, numa roda, e o mediador realiza o aprofundamento de um texto, seja crônica, memória literária, conto, narração. Ele desenvolve intervenção na qual os alunos participam e são incitados a opinar e refletir. O título, o autor, a forma que o texto está escrito, tudo isso é material que serve para explorar a leitura. É uma dinâmica instigante e envolvente, sendo que nenhum aluno fica imune ao poder da leitura e da fantasia despertada por ela.
A Casa da Leitura Maria Nicolas foi implantada em 13 de dezembro de 1996, na Rua da Cidadania de Santa Felicidade. Este espaço recebeu o acervo de uma biblioteca originalmente localizada no Solar do Barão e recebeu este nome em homenagem à professora, artista plástica e escritora Maria Nicolas. Neste espaço cultural de conhecimento e lazer está um acervo de livros e periódicos para pesquisa e empréstimos, com atividades paralelas voltadas ao incentivo à leitura, entre elas oficinas de literatura, narração de histórias, troca de gibis e exposições diversas.
Maria Nicolas nasceu em Curitiba e era muito considerada em todo o estado. Dentre as inúmeras atividades podemos destacar a poeta, a novelista, a teatróloga, professora, pintora, historiadora e biógrafa. Sua formação acadêmica foi Pedagogia e ainda jovem começou a exercer o magistério. Na adolescência começou a escrever peças que foram representadas no Teatro Guayra, onde seu pai era diretor. Logo, começou a escrever para os jornais Diário da Tarde, Folha de São José dos Pinhais, Voz do Paraná, ente outros. Entre suas obras, podem ser citadas: E as rosas morreram; Tornamos a viver; Amor que redime; Inverno florido; Alma das ruas e O Paraná na Câmara dos Deputados (seis volumes).
A atividade de Roda de Leitura faz parte de um conjunto de ações, propostas no Projeto Político Pedagógico da escola, com intuito de despertar e desenvolver o gosto dos alunos pela leitura. Por meio de maneiras lúdicas os alunos sentem-se mais a vontade e provocados a ler e buscar sentidos por trás das palavras.
Nessa atividade, certamente este objetivo foi integralmente atingido, tendo em vista o entusiamo dos alunos e a busca por livros na Biblioteca da escola. Cada momento da atividade foi fotografado e publicado no blog da escola.

REFERÊNCIA

CASA DA LEITURA MARIA NICOLAS.
MARIA NICOLAS.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO COLÉGIO ZARDO


Alexandro Muhlstedt

Consideramos relevante registrar o processo histórico pelo qual passou a construção da presente Proposta Curricular. Afinal, a memória de tao rico movimento não pode ser deixada de lado.
Em 2009, houve o primeiro movimento para revisar a Proposta vigente. Na época, os professores debruçaram-se sobre fragmentos da versão preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais e elaboraram um documento prévio que foi enviado ao NRE. Foi um momento de intensas atividades, visto que também construíamos o PPP e definíamos as linhas que desejávamos para nosso Colégio. O documento, ainda desprovido de consistência teórica específica da escola, pois era quase que uma cópia fiel das Diretrizes, retornou em 2010 para ajustes.
Em 2010 os ajustes foram feitos pelos professores, orientados pela Equipe Pedagógica, e aí então já foi possível incluir características do Colégio Zardo no currículo que se constituía. As tabelas de conteúdos foram organizadas por séries, o texto de Concepção da disciplina, Metodologia e Avaliação foram, aos poucos revelando as intenções que discutíamos em torno do projeto de escola que almejamos. Mesmo assim, percebíamos a necessidade de mais avanços e encaminhamos a Proposta ao NRE cientes de que, ao menos a clareza conceitual sobre os conteúdos estava realizada.
Em 2011 a proposta retornou e foi o momento de definir com os professores os conteúdos de cada série / ano, ajustando a nomenclatura do Ensino Fundamental (extinguindo séries e incluindo anos). Optamos por extrair da versão anterior as Identidades de Ensino Fundamental, Médio, Profissional, Educação Especial e Temas Contemporâneos, e aprofundar melhor tais questões no PPP e não na Proposta Pedagógica. A versão foi encaminhada em setembro de 2011, e após analisada pelos técnicos da Educação Básica do NRE, apresentou necessidade de alguns ajustes, especialmente por haver a ausência, em todas as disciplinas, dos conteúdos explícitos de Legislação – Temas Contemporâneos. Em dezembro de 2011 a versão da Proposta Pedagógica foi devolvida para a escola e a Equipe Pedagógica optou por realizar a discussão e atualização na Semana Pedagógica de fevereiro de 2012. O documento foi atualizado e complementado em fevereiro de 2012, com conteúdos de Legislação e as falhas foram corrigidas pelo coletivo de professores.
Fruto de discussão, análise e estudos depreendida pelos docentes, apresentamos a versão 2012 que contempla as correções solicitadas, bem como a inclusão de conteúdos de Legislação e Temas Contemporâneos.
Em fevereiro de 2012, o trabalho sobre o currículo do Colégio Zardo – Proposta Pedagógica Curricular - ocorreu por áreas do conhecimento e disciplina, por meio de grupos, coordenados pelos pedagogos, nos quais buscamos incluir as discussões contemporâneas conectadas com as propostas de conteúdos de cada disciplina. Compreendemos que a tentativa de dialogar com assuntos da contemporaneidade possibilita buscar soluções para os problemas atuais. O desejo de se melhorar no micro e não somente por grandes soluções é extremamente contemporâneo. Entendemos também que os assuntos da Legislação não se esgotam em um único debate e que por muito tempo ainda estarão desconstruídas ciclicamente. Buscamos, então, trazer para o cotidiano de cada disciplina a discussão, o debate, a análise, para que cada questão seja conscientizada e vivenciada. Fica claro, para toda nossa equipe que a escola não dá conta de tudo, mas de forma consciente e fundamentada, pode e deve fazer o exercício de discutir sobre estes temas, entendendo-os na mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da historicidade, da concreticidade e da totalidade, indo para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.
Compreendemos, por fim, que é necessário que o currículo se amplie para além das propostas curriculares. Equivale a dizer que, embora seja insuficiente tratar tais temas a partir da organização do conteúdo tal como estabelecido, não se pode negligenciar na escola o enfrentamento aos mesmos. Não se pode negar que tais situações estão prementes o que a conduz a um claro paradoxo: não secundarizar sua função social na socialização do conteúdo historicamente produzido pelo conjunto da humanidade e não negar situações postas pelo cotidiano, as quais a escola tem que fazer enfrentamentos. É nesta contradição que, além de retomar a análise já realizada sobre o conteúdo em sua totalidade, se situa o nosso papel, enquanto parte do coletivo escolar diante da discussão do nosso projeto de escola, claramente definido em nosso Projeto Político Pedagógico e em nossas ações cotidianas.