Alexandro Muhlstedt
Na sala de aula a conversa entre os alunos é inevitável; é impossível ficar ao lado dos amigos sem conversar; o que devemos fazer é aproveitar essa conversa como instrumento para um trabalho pedagógico, aprender a ser um administrador de conversas, expositor de desafios, instigador de perguntas.
Com alunos difíceis, ou seja, aqueles que não querem nada com a aula, deve-se procurar não se exasperar, dar broncas no grupo. Após o final da aula chamar esse aluno para conversar; fazendo-o descobrir que o professor quer ajudá-lo.
Diálogo, polidez e respeito são aliados incondicionais para o bom relacionamento entre professores e alunos em sala de aula.
Aqui, são expostas algumas ideias que podem auxiliar no dia a dia da sala de aula, com intuito de obter maior prazer e sucesso no trabalho.
O objetivo não é determinar regras de procedimento, mas sugerir dicas para amenizar os problemas enfrentados no dia a dia:
• Definir de forma clara, objetiva e justa as regras disciplinares.
• Estabelecer canais de comunicação: conversas individuais intermediadas pelos pedagogos, por exemplo.
• Assiduidade e pontualidade.
• Associar o conhecimento novo aos saberes que os alunos possuem.
• Preparar de maneira cuidadosa a aula. Aulas maçantes, repetitivas cansam, desgastam e desmotivam.
• Traçar organizadamente as atividades, diversificando (Uso da TV Pen drive, Laboratório de Informática, Sala de Artes, etc.).
• Entrar em sala e, sem demora, iniciar a aula.
• Cobrar, com firmeza, evitando ser rude, sarcástico ou irônico, a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das regras de conduta consensualizadas com a classe.
• Falar com expressividade e clareza.
• Iniciar os trabalhos com um plano de aula simples, mas objetivo e coerente. Não há necessidade de “malabarismos pedagógicos” ou “aulas espetáculos”, mas criatividade na aula.
• Movimentar-se todo o tempo, manter-se alerta a todos e também a todas as ocorrências.
• Mostrar sempre disposição para manter a calma e a serenidade, mesmo em situações mais difíceis. Afinal, o professor é o adulto e o ser maduro na sala de aula.
• Saber dar a devida importância ao tom de voz empregado e estudar a linguagem gestual.
• Jamais comparar-se a qualquer colega. Nunca comparar um aluno ou uma classe com outra.
• Distribuir com uniformidade, serenidade e justiça a atenção de todos.
• Analisar com calma as razões que podem levar alunos ao desinteresse ou a indisciplina e discutir, particularmente com os mesmos essa postura.
• Conhecer diferentes estratégias de ensino, jogos operatórios, técnicas de ensino e aprendizagem.
• Possuir critérios de avaliação claros e explícitos.
• Manter atualizados seus registros e suas notas.
• Cumprir com integridade tudo quanto prometeu.
• Fazer das perguntas uma eficiente ferramenta de aprendizagem.
• Não se desgastar ensinando aos alunos tudo aquilo que sozinhos eles podem aprender.
• Saber delegar aos alunos tarefas e funções junto à classe que explorem capacidades de aprender e de aprendizagem.
• Fazer revisões periódicas daquilo que foi aprendido.
• Organizar de forma eficaz a disposição dos lugares de cada um.
• Mostrar atenção aos problemas dos alunos.
É importante destacar que os passos sugeridos costumam ajudar a resolver parte expressiva dos problemas disciplinares; mas não os eliminam por completo.
A continuidade de aplicação dos procedimentos é que pode garantir a perenidade dos bons comportamentos, da participação dos estudantes nas aulas, o debate em torno das ideias e conteúdos trabalhados.
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