Alexandro
Muhlstedt
O importante é
não cair em suspeitas estigmatizadoras,
que ensurdecem
o diálogo, se falam entre si, mas não se escutam;
nem tampouco
em idealiza-ções, que terminam em um monólogo, onde um se silencia
admirado com o outro.
(Leiva, 2007.
p. 50)
INTRODUÇÃO
Muitas vezes “fala-se
dos jovens”, mas poucas vezes se “fala com eles”. Esta falta de
diálogo com os alunos conduz a uma visão dos alunos altamente
simplificada, que se traduz numa homogeneização em que desaparece a
pessoa e se vê estritamente o aluno; a distinção dos alunos é
baseada em estereótipos e na presunção de que os alunos só agem
corretamente quando vigiados.
Hoje reconhece-se o valor
da diversidade, mas não se aceita com facilidade a pluralidade dos
jovens tratando-os como uma massa uniforme em que cada um deles
carece de uma identidade própria (LEIVA, 2007, p. 36). Por isso,
decidiu-se por organizar um perfil dos alunos que estudam no Colégio
Estadual Professor Francisco Zardo, de Curitiba, para compreender
melhor o universo desses sujeitos.
Assim, as informações
que compõem a pesquisa que se segue é resultado da coleta de dados de 796 estudantes do Ensino Médio (1ª a 3ª série), entre 15 e 21
anos, distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite. Os dados
foram coletadas no mês de agosto e tabuladas no mês setembro de
2011. O objetivo principal foi conhecer melhor alguns interesses da
juventude que estudava no colégio naquele ano.
Foi organizada pela
Equipe Pedagógica da escola, tendo como fundamento o levantamento de
dados para compor o Projeto Político Pedagógico 2012-14. O
instrumento utilizado – questionário - foi aplicada pelos alunos
monitores de turma.
No
dia 24 de agosto de 2011 os
alunos monitores de todas as turmas do Ensino Médio Regular e
Integrado, participaram de reunião, em seus respectivos turnos, com
a Equipe Pedagógica, a
qual repassou as
orientações de como aplicar o questionário em suas turmas.
Tratava-se
de um questionário,
composto por 08 perguntas, que
deveria ser
respondido por todos os alunos, em espaço de aula cedida pelo
professor, e, em
seguida
recolhido e
entregue aos pedagogos do turno.
Compreende-se que a
importância de se conhecer com maior profundidade o que o aluno
pensa da Escola e o que dela espera, bem como as suas aspirações,
os seus códigos e os seus valores de referência, e, posteriormente,
considerar estes dados como básicos, na elaboração de ações que
contribuam para sua aprendizagem.
Ser aluno ou aluna não é
só o desempenho de um papel, um exercício de um conjunto de
direitos e deveres para estar numa posição determinada. Cada jovem
vive a sua experiência de ser estudante de uma forma particular e
atribui um sentido subjetivo próprio ao trabalho que realiza.
Por isso, torna-se
importante conhecer quem são esses alunos, o que pensam, o que
gostam, quais seus anseios.
As perguntas formuladas
eram as seguintes:
(Questões
aplicadas aos estudantes)
Em posse dos questionários
respondidos pelos alunos de todas as turmas, a Equipe Pedagógica da
escola, auxiliada por estagiários de Pedagogia da Universidade
Tuiuti e funcionários da Secretaria da escola, tabularam os dados,
digitaram e organizaram os gráficos.
Foi um trabalho demorado e minucioso,
que exigiu muita atenção, tendo em vista o grande número: 796
questionários.
Segue o percentual das respostas
ofertadas pelos alunos:
PERGUNTA 01
O que você mais gosta na
escola?
(Gráfico
1: O que mais gosta na escola)
Ao serem indagados sobre
o que mais gostam na escola, nota-se que mais da metade dos alunos
gosta dos momentos de encontro (Amigos: 27% e Recreio: 24%). Isso
deixa claro que os estudantes estão na escola mais interessados nas
Amizades que no estudo propriamente dito. A escola acaba sendo um
ponto de encontro e não exatamente local onde se estuda e se
apropria de conhecimentos.
Talvez isso explique as
observações de professores quando dizem os alunos “não querem
nada com nada”. Apesar que 19% diz gostar de estudar, ou seja, a
atividade escolar ainda é algo que desperta interesse em parcela dos
estudantes.
Sabe-se que a tarefa
pedagógica da escola é sócio-educacional e não terapêutica, deve
inserir gradualmente o aluno na corrente dos conhecimentos e
instrumentos produzidos pelos coletivos humanos e incorporá-lo à
vida social, principalmente permitindo-lhe acesso a várias esferas
da cultura. E isso acontece porque as forças do desenvolvimento
estão no meio social, no encontro com outras pessoas, nas relações
comunicativas e colaborativas.
Levando em consideração
esse princípio, a educação escolar precisa abranger ações que
promovam a participação ativa do aluno na vida social, o que vai
muito além das propostas que até hoje se dirigem para melhorar a
“socialização” do aluno e colocam o domínio de conteúdos
escolares como objetivo secundário, se tanto. Dessa maneira, o aluno
fica “de corpo presente” no ensino comum, na melhor das hipóteses
avançando nas habilidades “sociais”, porém sem aprender ou
aprendendo muito pouco.
Como
se percebe pelas respostas de 27% dos alunos, a amizade é um
elemento primordial na sua vivência escolar. Valorizar
as vivências
de amizade pode ser tanto uma forma de reafirmar a identidade, quanto
possibilidade de questionamento de pontos de vista apresentados e
entendidos como verdades pelos jovens.
Afinal,
a
amizade possibilita enxergar os acontecimentos de diferentes
perspectivas, através de trocas que contribuem para aprendizagem.
Segundo o dicionário
Aurélio, amizade é “sentimento fiel de afeição, simpatia,
estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por
laços de família ou por atração sexual” ou ainda pode ser
“estima, simpatia ou camaradagem entre grupos”. Em sentido
amplo, a amizade é um relacionamento entre pessoas de fora dos laços
familiares, baseado na confiança e no prazer de compartilhar
experiências vividas, inclusive segredos e aspectos da intimidade
pessoal.
É neste sentido que a
amizade entre os adolescentes funciona como uma forma de se mostrarem
ao mundo como sujeitos dotados de aspirações e desejos próprios,
além de demonstrarem a necessidade de escaparem de identidades
sociais já fixadas pela sociedade. Em um mundo que se apresenta com
tanta diversidade as amizades acabam se tornando um encontro de
iguais e, assim, formam-se os grupos que possibilitam a expressão de
uma maneira mais espontânea.
Além da sala de aula, essas amizades
se concretizam e se firmam nos momentos de recreio, sendo, portanto,
um momento imprescindível na
rotina escolar, destinado a possibilitar
atividades prazerosas de caráter relativamente livre. Por serem
atividades distintas das que ocorrem em sala de aula ou em outros
horários da rotina acaba sendo o momento preferido dos jovens.
Escutar
os
alunos
sobre suas amizades remete a tentar
compreender outros temas como o respeito mútuo, condutas
pró-sociais, intervenções por meio de procedimentos didáticos,
como o trabalho em pequenos grupos, e a compreender que existem
diferentes formas de representar a amizade.
PERGUNTA 02
O que você menos gosta
na escola?
(Gráfico
2: O que não gosta na escola)
De acordo com
25% dos alunos que
responderam o questionário
estudar é o que menos gostam na escola, sendo que 22% não gostam
dos professores. Ou seja, a atividade precípua da escola, bem como
o sujeito do ensino (professor) não despertam o gosto dos alunos.
Pode-se inferir que, quando se trata de estudar, cumprir horários,
respeitar o professor e ter disciplina isso
gera
rejeição e reflete, de certo modo, a situação atual da sociedade
que privilegia o "jeitinho brasileiro" e despreza a
pontualidade.
As
dificuldades de conviver com regras e limites vão sendo
vivenciadas tornando as gerações futuras permissivas e fazendo
"vista grossa" aos pequenos "delitos".
Como
se sabe, tanto
adultos quanto adolescentes e crianças só aceitam que outra pessoa
os ensine quando existe uma relação de confiança. O
jovem só
aprende com aqueles a quem delegou o direito de ensinar. E só dá
esse direito a quem ele
confia. É um processo inconsciente. E para estabelecer essa
confiança, primeiro é preciso criar um laço afetivo. Se a
convivência com o professor é ruim, o aluno começa a rejeitar o
processo de aprendizagem e se torna indócil e desinteressado. Por
extensão, deixa de gostar de
estudar.
Consequente,
a escola deixa
de ser um fato de desenvolvimento e aprendizado e passa ser um local
de punição.
PERGUNTA 03
Qual é a disciplina de
sua preferência?
(Gráfico
3: Disciplina preferida)
A disciplina preferida
(Educação Física – 34%) é aquela que se acontece,
em sua maioria, fora
da sala de aula, dando a sensação de maior liberdade aos
estudantes.
A
Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas
disciplinas têm: o poder de adequação do conteúdo ao grupo social
em que será trabalhada. Esse fato permite uma liberdade de trabalho,
bem como uma liberdade de avaliação – do grupo e do indivíduo –
por parte do professor, que pode ser bastante benéfica ao processo
geral educacional do aluno.
Talvez
seja um dos motivos pelos quais os alunos tem essa disciplina como a
preferida.
Matemática e Química,
disciplinas que tradicionalmente geram mais dificuldades aparecem
como preferidas (14% e 9%, respectivamente) não exatamente pelo
conteúdo destas, mas justamente porque os estudantes tendem a se
esforçar mais para aprenderem, temendo a reprovação.
Isso se reflete no grande
número de alunos com notas baixas em ambas as disciplinas. Caso
gostassem de verdade, estudando
pra valer,
talvez não
haveria esse fenômeno.
PERGUNTA 04
Que tipo de música você
mais gosta?
(Gráfico
4: Estilo de música)
Dentre alguns fatores que
influenciam nas atitudes de uma comunidade está a música, tanto
pelo ritmo quanto pelas mensagens de suas letras. A música foi, e
ainda é, instrumento marcante da hegemonia de uma cultura sobre
outras, como base para esta afirmação. Desde os anos 50 tem havido
a predominância das músicas internacionais (em especial as
norte-americanas) sobre a cultura brasileira. Dessa perspectiva,
entende-se que o estilo prefiro dos jovens do Colégio Zardo seja o
rock (26%). No entanto, dois estilos tipicamente brasileiros,
sertanejo (20%) e pagode (6%) aparecem na preferência dos alunos.
Os outros estilos são todos internacionais.
A
música tanto ajuda no desenvolvimento intelectual como no estímulo
a criatividade e também na possibilidade de expressar nossos
diversos sentimentos por meio dos sons.
PERGUNTA 05
O que você faz para se
divertir?
(Gráfico
5: Diversão)
Em relação à diversão,
foram bem significativas as escolhas por atividades com amigos (sair
com amigos 36%, esportes 18%).
Permanecer conectado em
redes sociais (18%), tocar instrumento musical (13%) e jogos (85)
aparecem em seguida como possibilidades de atividades mais isoladas.
Entende-se
que as atividades
com o grupo
de amigos, na questão de liberdade, representa o oposto do adulto
(família, professor, vizinho) “limitador”; o amigo é aquele que
estará junto para viver essa “liberdade”
que o jovem
tanto
deseja. Para o adulto (que pode até ser um amigo, mas normalmente é
uma amizade restrita) fica a parte desagradável das limitações,
que eles demonstram entender que são necessárias e aos amigos o
desfrute da liberdade.
PERGUNTA 06
Qual é a pessoa de sua
maior confiança?
(Gráfico
6: Pessoa de maior confiança)
Um amigo é a pessoa de
maior confiança para 36% dos jovens, demonstrando o papel deste em
suas vidas e confirmando a importância da amizade. Mãe (22%) e pai
(16%) aparecem como figuras influentes em se tratando de pessoas
confiáveis para os jovens.
A amizade entre os jovens
surge como um “falar a mesma língua” e parece ser uma referência
de descontração, lealdade, confidências de segredos e ajuda mútua.
Entre eles a relação
fica em um nível de igualdade e parece não haver a cobrança típica
do adulto. Assim, as amizades acabam se tornando um encontro de
iguais e formam-se os grupos de jovens que possibilitam se expressar
de uma maneira mais espontânea. Desse modo, a amizade é um
relacionamento livre das exigências postas pela família ao
indivíduo. Isso não significa que o constituir amizades não tenham
participação da cultura, do ponto de vista da abertura dos
indivíduos a esse tipo de laço, de restrições ligadas ao grupo de
pertença dos sujeitos.
PERGUNTA 07
Qual é a maior
dificuldade enfrentada pelos jovens?
(Gráfico
7: Maior dificuldade enfrentada)
Em relação às
dificuldades e problemas enfrentados pelos jovens na atualidade, a
pesquisa constatou que 30% aponta as drogas como fator que atrapalha
a vida do jovem hoje.
Segundo
o dicionário Houaiss (2004), vício é um hábito nocivo e
incontrolável. O marketing
realizado pelas indústrias do vício (álcool e tabagismo)
capitaliza bilhões por ano, enquanto que na prevenção desses
vícios, as cifras são quase irrisórias. O
problema pode ser compreendido da perspectiva que a
droga e o álcool podem
passar
a ser o outro com o qual muitos jovens se relacionam, tentando fugir
da sensação angustiante de solidão e de falta de sentido. Embora a
sensação do jovem que se droga ou bebe seja de onipotência, na
realidade ela esconde um terrível experiência de impotência e um
profundo esvaziamento do Eu, que, ao reaparecer nos períodos de
abstinência, volta a alimentar de forma poderosa a necessidade de
“fuga” para o consumo de produtos que ofereçam acesso aos
paraísos artificiais.
Já 21% dos jovens que
responderam à pesquisa tem o Bullying como principal
problema.
A
violência manifesta no ambiente escolar através de práticas como o
“bullying” vem, paulatinamente, chamando atenção de diferentes
setores da sociedade brasileira (governos, meios de comunicação,
organizações não-governamentais, escolas, universidades), seja
visando à identificação deste fenômeno, seja demandando
intervenções para resolução do problema.
Sabe-se
que a violência entre jovens, em sua forma física ou simbólica,
não é um problema novo no cotidiano da escola. Esta muitas vezes
compreendida como lugar de exclusão de grupos minoritários e de
reprodução de situações de violência e discriminação
(DEBARBIEUX, 2002, DUBET, 2004). Entretanto, por seu caráter
multifacetado a violência escolar vem assumindo, contemporaneamente,
novas dimensões e significados a partir de diferentes contextos
sócio- culturais.
Para
Fante (2005) a violência escolar nas últimas décadas adquiriu
dimensão crescente em todas as sociedades, questão preocupante é a
incidência de sua manifestação em praticamente todos os níveis de
ensino. Neste sentido, uma forma sutil de violência que vem ganhando
maior visibilidade no espaço escolar é o chamado bullying.
De
um ponto de vista sócio-antropológico o fenômeno bullying
emerge
de ações discriminatórias por vezes dissimulada, tratando-se de um
tipo de exclusão social capaz de oprimir, intimidar e machucar
gradativamente (GUARESCHI, et al., 2008). Começa frequentemente pela
não aceitação de uma diferença (FANTE, 2005), estabelecendo-se a
partir daí relações desiguais de força ou violência simbólica
(BOURDIEU, 2011) entre pares.
PERGUNTA 08
Qual é a maior dúvida /
angústia entre os jovens?
(Gráfico
8: Maior dúvida e angústia entre os jovens)
O futuro (28%), a escolha
da profissão (16%) e conseguir emprego (14%) aparecem como questões
de angústias e indagações para os
jovens.
Temer
o futuro é tipicamente comportamento oriundo da ansiedade
que
é uma dificuldade íntima de lidar com o tempo. Há uma expectativa
exagerada com relação ao futuro, seja positiva ou negativa. Quando
o ansioso espera que algo bom aconteça, ele deixa que suas
expectativas entusiasmadas tomem conta do seu dia-a-dia, mal podendo
esperar o futuro chegar. Se, pelo contrário, o ansioso teme que algo
negativo ocorra, ele se deixa tomar pelo medo e angústia, desejando
que o futuro nunca chegue ou cedendo tempo mental para pensamentos
temerosos e catastróficos.
Esse
temor acaba tomando maiores proporções quando o jovem é
pressionado a escolher uma profissão e arranjar um emprego.
Realmente
escolher
uma profissão não
é uma decisão fácil, mas algumas atitudes podem ajudar, o
fundamental é conhecer as diversas profissões existentes no
mercado, bem como especializações, ou seja, as diferentes opções
que existem.
Para
isso, buscar informações sobre uma profissão, não só no que diz
respeito ao exercício da mesma, mas como está o mercado de
trabalho, a faixa salarial para o profissional que a exerce, o campo
de atuação profissional, como a mesma é aceita e inserida na
sociedade, é fundamental.
Não
há como prever todo o futuro só com a escolha da profissão,
afinal,
esta
é um dos componentes de
um
projeto de vida, necessitando
ter
em mente que o mercado muda, as pessoas mudam. É preciso estar
preparado para, muitas vezes, ter de ajustar o caminho.
A
escolha da profissão implica uma dimensão temporal que precisa ser
integrada e percebida pelo jovem, esse deve optar não só por um
curso ou por uma atividade que poderá desempenhar no seu futuro
trabalho, mas também por um estilo de vida, uma determinada rotina e
ambiente de trabalho que fará parte da sua vida. É importante
pesquisar a respeito das profissões, mercado de trabalho e dialogar
com pessoas que exercem a profissão desejada.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Na sua totalidade, a
pesquisa representou um passo importante para estabelecer o diálogo
sobre a juventude que estuda no Colégio Zardo, subsidiando ações
pedagógicas voltadas para esse segmento. Por isso, a perspectiva do
levantamento foi servir de ferramenta na implementação de ações
direcionadas aos jovens.
As informações revelam
o que os jovens gostam e o que não gostam na escola, qual a
disciplina favorita, o estilo de música, o que fazem para se
divertirem, pessoa de confiança, medos, angústias e problemas
típicos desse grupo.
Com
isso, pretender ensinar um
aluno, desconhecendo o seu modo peculiar de ser, seus
gostos e interesses,
significa não só ser incapaz de contribuir para o seu
desenvolvimento, como por vezes, pode
distorcer
o seu crescimento, matando o gérmen de inúmeras capacidades e
qualidades que poderiam ser cultivadas.
Todo
aluno tem suas características pessoais, sua história de vida, seu
ambiente familiar e social, que devem ser conhecidos, respeitados e
compreendidos.
Compreender
o
aluno, aceitando-o
com
suas qualidades e seus defeitos, pode
ajudá-lo
a vencer suas dificuldades, integrar-se
ao
seu grupo, crescer e amadurecer com
ética, como ser humano.
Ficou
evidente, com esta pesquisa, que não considerar as peculiaridades do
jovem, tem um efeito negativo no ambiente escolar e, em particular,
na possibilidade de protagonismo dos estudantes.
Finalmente,
a equipe do Colégio Zardo almeja ser uma instituição que acolhe o
aluno, oferecendo oportunidade, não só para dar respostas, mas
também para que participe nas suas decisões, facilitando a
identificação com a instituição educativa e organizando um espaço
mais adequado para o desenvolvimento da própria identidade do jovem.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU,
P.; PASSERON, J. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema
de ensino. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
DAYRELL,
J. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da
socialização juvenil. Educ. Soc., Campinas, vol.28, n.100-Especial,
p.1105-1128, out. 2007. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br
Acesso:
16/07/2011.
DEBARBIEUX,
E. Violência nas escolas: divergências sobre palavras e um desafio
político. In: BLAYA, C., DEBARBIEUX, E. (org.). Violência nas
escolas e políticas públicas. Unesco, Brasília, 2002.
DUBET,
F. Sociologia da experiência. Instituto Piaget, Lisboa: 1994.
FANTE,
C. Fenômeno bullying: como prevenir a violência e educar para paz.
2 ed. Campinas-SP: Verus editora, 2005.
GUARESCHI,
P. A., SILVA, M. R. (coord). Bullying: mais sério do que se imagina.
2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS,2008.
LEIVA,
P.
M. Os jovens e a crise da escola secundária. In: Cadernos Adenauer
VIII, nº2. p. 25 – 50, 2007.
SOUZA,
L. K. de; HUTZ, C. S. Amizade na adultez: Fatores individuais,
ambientais, situacionais e diádicos. Interação
em Psicologia, v. 12, n. 1, p. 77-85, jan/jun. 2008.
TORTELLA,
J. C. B. Amizade no contexto
escolar. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade
Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, 1996.