terça-feira, 30 de agosto de 2011

CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE: Um perfil daqueles que são a razão da existência do Colégio Zardo


Alexandro Muhlstedt

Ao conferir a história da infância, percebe-se que é só na Idade Moderna que as crianças passaram a ser vistas como um ser social, assumindo um papel central nas relações familiares e na sociedade, tornando-se um de respeito, com características e necessidades próprias. É durante o processo de aquisição do conhecimento que a criança deve ser vista como um ser pleno, cabendo a ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua identidade pessoal. Para isso, é preciso pensar em formas lúdicas e criativas que possam estimular a criatividade e a imaginação da criança.
É através do lúdico, da brincadeira que a criança passa a conhecer a si mesma e o mundo que faz parte. O brinquedo ajuda na assimilação das regras de convivência e de comportamento. Outra preocupação que surge na modernidade é com relação aos estágios do desenvolvimento da criança, de acordo com os estudos de Jean Piaget. Tais como:
Sensório motor
Caracterizado pela ausência da função semiótica em que a criança não tem a capacidade de representar mentalmente os objetos.
Pré-operacional
A criança não adquiriu ainda a capacidade de colocar-se no lugar do outro, não possuindo o pensamento da irreversiblidade.
Operatório concreto
É um nível mental em que o indivíduo intervém nos raciocínios privados e nas trocas cognitivas. A linguagem passa a ser fundamental nesse processo.
Operatório formal
Nesse estágio a criança já pensa em soluções através de hipóteses e não apenas observando a realidade. É nesse estágio que ela atinge o padrão intelectual que terá na idade adulta.

O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais. E é na escola que ela vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.
A afirmação de que a infância é uma construção social constitui um lugar comum na análise sociológica, psicológica e antropológica da infância. Nela condensa-se a ideia de que tem sempre havido uma fase da vida entre os seres humanos, e nela observa-se a sua diferenciação frente ao mundo adulto.  Isso pode ser constatado nos papéis sociais que são atribuídos a este grupo geracional, eles mudam conforme as variações sociais – classe social, grupo étnico, religioso, gênero, idade etc – porque são historicamente produzidos no interior de uma mesma sociedade (SARMENTO, 2001).
Há uma desestabilização das identidades culturais, deixando o indivíduo moderno fragmentado, com fronteiras pouco definidas, tal como preconizado por Stuart Hall (2004). Em contrapartida uma nova identidade vai sendo construída gradativamente, por intermédio de produtos destinados às crianças tais como brinquedos, filmes, artigos de moda, dentre outros. O sujeito-criança, seguindo esta linha de raciocínio, é reduzido ao corpo e torna-se consumidor. Essa compreensão dos fatos altera totalmente a noção de infância construída até então. Sobre essa transformação no entendimento do ser criança, Ghiraldelli Júnior nos esclarece brilhantemente acenando que:

Ser criança é ter corpo que consome coisa de criança. Que coisas são estas? Primeiro, coisas que a mídia define como tendo sido feitas para o corpo da criança. Segundo, coisas que ela define como sendo próprias do corpo da criança. Respectivamente, por um lado, bolachas, danoninhos, sucos, roupas, aparatos para jogos, etc, por outro, gestos, comportamentos, posturas corporais, expressões, etc. Ser criança é algo definido pela mídia, na medida em que é um corpo-que-consome-corpo (GHIRALDELLI JR., 1996, p. 38).

Nesta perspectiva, há uma mudança de foco, pois a infância deixa de ser uma fase natural da vida humana sendo, agora, um artefato construído, autorizado e ditado pela mídia. Esta, por sua vez, recria esta imagem da criança livre, protegida, feliz, deturpando e camuflando a verdadeira face da realidade. O que temos, na verdade, não passa de um simulacro da infância.
A criança contemporânea amadurece precocemente, dada as estimulações ofertadas no meio circundante. De notável inteligência e criatividade, precisam ser ouvidas e consideradas como parte integrante da sociedade. Mesmo tendo adquirido uma certa independência desde cedo, é inestimável o apoio, a proteção e o contato do adulto, auxiliando-a nas suas escolhas, na constituição dos princípios e valores baseados na justiça e na solidariedade, proporcionando a construção de um olhar crítico frente o mundo que nos envolve. Só assim estaremos preparando nossas crianças para viverem plenamente estes novos tempos.
E essa crise da infância pode ser provocada por alguns fatores que devem ser considerados. A produção corporativa da cultura infantil, em outras palavras, os artefatos da cultura produzido por grandes empresas especializadas, exercem uma forte influência na formação dessas crianças e merecem uma apreciação detalhada de pais e educadores. Ao examinarmos as pedagogias escolar e cultural, poderemos dar um sentido mais adequado ao processo educacional em vigência, preocupado com essas questões tipicamente contemporâneas e que interferem diretamente no processo de ensino e aprendizagem infantil.
Desse modo, cabe ao educador compreender a trajetória de desenvolvimento do conceito de infância e as suas atuais determinações em nossos dias, que encontra suas influências nos elementos da cultura e nos aportes midiáticos. Essa medida auxilia no oferecimento de uma educação imbuída de criticidade e capaz de trazer às crianças todas as oportunidades disponíveis para o seu crescimento, seja físico, social e intelectual. Somente assim, estaremos preparando nossas crianças para viverem esses novos tempos que se anunciam, carregados de novas necessidades, novas aspirações, novos desejos e novos desafios.
Sobre a adolescência e juventude, é importante entender, de início, a diferença que existe ente um e outro. Adolescência e juventude são frequentemente confundidas, quando não são usadas erroneamente como sinônimos. Segundo Coimbra (2005), “a noção de adolescência emerge vinculada à lógica desenvolvimentista, sendo uma etapa do desenvolvimento que todos passariam obrigatório e similarmente.” A adolescência é uma fase que se caracteriza por apresentar questões que lhes são típicas e pelas quais a maioria dos indivíduos se vê refletindo sobre como, por exemplo, a formação de uma identidade que lhe seja própria e estável, a escolha da sua carreira profissional, o seu posicionamento diante de sua sexualidade e os conflitos naturais que surgem com os pais diante dos desejos de independência – tanto financeira como em relação a poder ter suas próprias ideias. Logo, podemos perceber que “a adolescência surge como um objeto exacerbado por uma série de atributos psicologizantes e biologizantes” (Coimbra, 2005). Isso acontece porque as mudanças que surgem nesse período estão diretamente relacionadas à chegada da puberdade e às suas consequências; o que desencadeia processos de construção de uma nova autoimagem e identidade.
O mesmo autor nos faz pensar na juventude como um conceito que pode ser visto como uma construção social, assim como pode também ser capturado e instituído. Dessa forma, ele introduz que “o conceito de juventude nos faz pensar no sujeito como um ser constituído e atravessado por fluxos, devires, multiplicidades e diferenças” (Coimbra, 2005).
Relacionando-se adolescência e juventude, as diferenças ficam bem claras. Segundo Janice Sousa (2006), “o jovem se dimensiona individualmente e sob a influência de aspectos psicossociais, num percurso de (in)definições: busca identitária, tendência de estar em grupo, deslocamento constante de situações e vínculos, atitude de contestação e insatisfações sociais, intelectualização dos fatos, mudanças de humor, separação do universo familiar, questionamento dos valores sociais, fatores que se desenvolvem em pleno vigor na adolescência.” Dessa maneira, entende-se que as características da juventude são exatamente as indefinições que quem está passando por ela vivencia. À medida que alguns desses fatores vão sendo superados, “a continuidade das (in)definições se mantém como crise e conflitualidades provocadas na debilidade dos rituais de passagem, no descrédito dos lugares institucionais tradicionais que tornam mais difíceis as escolhas e definições dos jovens diante dos papéis a serem assumidos como projeto de vida adulta; diante das desigualdades sociais e das violências que, para muitos, estão presentes em suas próprias vidas; nas dificuldades no ingresso no mercado de trabalho” (Sousa, 2006). Neste segundo momento, já se percebe que as indefinições da adolescência vão ficando, cada vez mais, atravessadas por questões sociais; perdendo, gradativamente, o seu caráter mais individualista e pessoal. Porém, vale ressaltar que, se esses aspectos conceituam as juventudes, por outro lado, eles não permitem homogeneizá-las. Já que tudo deve ser analisado considerando-se um contexto social e um momento histórico.
De maneira resumida, pode-se considerar que “ser jovem é viver um ‘contato original’ com a herança social e cultural, constituído não apenas por uma mudança social, mas por fatores biológicos” (Sousa, 2006). Sendo assim, a experiência dos jovens é o fator propulsor da dinâmica da sociedade. E, muitas vezes, é o canal de introdução de mudanças na sociedade. As pessoas que se encontram vivendo a sua juventude são aquelas que movimentam novas ideias no meio em que vivem. São os jovens que, por terem acesso às experiências dos seus antecessores e por terem a disponibilidade de uma vida inteira pela frente, podem aproveitar o conhecimento que existe sem o peso da responsabilidade sobre a construção que foi feita do mesmo e, a partir dele, introduzir novidades no seu ambiente.
Como tema de interesse dos grupos de universitários de diferentes áreas, o estudo da juventude adquiriu fôlego após o final dos anos 80. No Brasil, somente no final dos anos 90, os jovens passaram a ser um alvo importante das políticas públicas. E é através do histórico das políticas públicas para a juventude que podemos perceber como esse conceito foi mudando prática e teoricamente.
É, no final do século XIX, que surgem as primeiras ações públicas destinadas a crianças e adolescentes, com foco no atendimento de órfãos. Em seguida, a atenção foi dada a crianças desamparadas, para que se integrassem ao mercado de trabalho evitando a sua desocupação. Se, até os anos 30, a abordagem predominante – ou mesmo exclusiva –voltava-se à infância e à adolescência, na década de 40, os jovens passaram a ser objeto de atenção, como resultado das exigências do mercado quanto à formação e qualificação da força de trabalho. É nessa época que se cria o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). O objetivo era então o de capacitar os jovens para o seu ingresso no mercado de trabalho. Com o fim da II Guerra Mundial, surgiu a necessidade de Direitos Humanos. A partir de então, iniciou-se um processo de reconhecimento dos direitos de crianças e adolescentes, que permaneceu interrompido durante a ditadura militar brasileira. Com o fim desse regime, voltou-se a pensar na situação do menor. Na década de 90, a criança e o adolescente passaram a ser vistos como sujeitos de direito – o que levou a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Atualmente, as políticas públicas se dividem entre as que visam encaminhar os jovens para o mercado de trabalho e as que visam recuperá-los (defasagem de conduta e da educação) para inseri-los no mercado de trabalho.
É interessante se pensar que as juventudes não são suscetíveis de comparação, pois, ao viverem em épocas históricas diferentes, têm definidos seus conflitos e vivência social de maneira também diferente” (Sousa, 2006). Porém, ao contrário do que comumente se pensa, a falta de experiência dos jovens significa um alívio do fardo para os jovens; pois facilita a vida deles no momento de transformação. É no período da juventude que as forças formativas estão começando a existir e, por isso mesmo, se pode aproveitar mais facilmente o poder modelador de situações novas. Sendo assim, o jovem é aquele que pode aproveitar o conhecimento já adquirido pelos seus antecessores sem as marcas que essa aquisição e construção de saber trouxeram. Dessa forma, o jovem fica mais livre para ter ideias novas e melhores que as anteriores. Por isso, que o jovem é considerado o fator de introdução de mudanças na sociedade.
A juventude no Brasil está dividida em duas fatias: a fatia em condição social de extrema carência (os excluídos) e a fatia em condição social favorável (os incluídos). O referencial normatizador da juventude é o consumo. Esse é o critério que determina se a pessoa vai se enquadrar no grupo dos excluídos ou dos incluídos. Embora o jovem seja considerado, pela publicidade, um alvo em potencial para o consumo, o Estado não consegue fazer com que essa posição de consumidor se concretize. Como consequência disso, vemos a marginalização e a criminalidade. E para os que não fazem mais parte da juventude, resta o olhar nostálgico sobre ela. É então que, através da lógica de mercado, busca-se recuperar a juventude num processo de identificação com os valores dos jovens.
Comumente, surge um conflito entre as diferentes gerações. Afinal, da mesma maneira que os velhos têm interesse em remeter os jovens a sua juventude, os jovens também têm interesse em remeter os velhos a sua velhice. Há períodos em que se intensifica a procura do "novo", pela qual os "recém-chegados" (que são também, quase sempre, os mais jovens biologicamente) empurram os "já chegados" para o passado, para o ultrapassado, para a morte social ("ele está acabado"). Estamos aqui, no auge da luta entre as gerações; pois, é nesse momento que as trajetórias de ambos se chocam: quando os jovens aspiram "cedo demais" à sucessão. Essa fronteira entre juventude e velhice é muito relativa, sendo construída socialmente na luta entre jovens e velhos; já que as relações entre idade social e idade biológica são complexas e o número de anos que uma pessoa já viveu tem um significado que lhe é próprio.
No campo de trabalho, é comum encontrar dois estados do sistema escolar em confronto no mercado de trabalho. Enquanto os velhos têm mais experiência, os jovens estão chegando co m mais títulos. Essa tensão cria, frequentemente, uma situação desfavorável ao jovem que, mesmo bem qualificado, sente que não é bem-vindo no seu local de trabalho ou até mesmo quando está buscando um emprego.
Outra questão sobre a inserção do jovem no mercado de trabalho é o status que isso lhe traz. “Ainda hoje uma das razões pelas quais os adolescentes das classes populares querem abandonar a escola e começar a trabalhar muito cedo, é o desejo de ascender o mais rapidamente possível ao estatuto de adulto e às capacidades econômicas que lhes são associadas: ter dinheiro é muito importante para se afirmar em relação aos colegas, em relação às meninas, para poder sair com os colegas e com as meninas, portanto para ser reconhecido e se reconhecer como um ‘homem’.” (Bourdieu, 1983). Isso só vem confirmar o que já foi dito anteriormente: o referencial normatizador dos jovens é, realmente, o consumo.

O perfil das crianças, adolescentes e jovens estudantes do Colégio Zardo

Assim, a partir desses pressupostos é que debruçamo-nos a estabelecer um perfil dos estudantes do Colégio Zardo, na tentativa de compreendê-los a partir das características gerais percebidas no cotidiano escolar. De modo geral, notamos que os alunos têm consciência da situação em que se encontram e são cientes das dificuldades de aprendizagem dos conteúdos. Porém, não conseguem mudar seus hábitos, que na maioria dos casos já se tornaram parte dos mesmos. Pensamos que eles teriam que demonstrar atitudes relativas a uma mudança, saírem dessa passividade, dessa falta de iniciativa, dessa desmotivação que atrapalha tanto o desempenho. Ao disso, encontramos também os conflitos de relacionamento que surgem no cotidiano da sala de aula. Percebemos as dificuldades das relações interpessoais entre eles mesmos, com os professores e os funcionários. Isso reflete-se através da indisciplina, da quebra das regras estabelecidas, do desrespeito ao patrimônio escolar, do mau uso dos livros didáticos distribuídos no início do ano (sendo que muitas vezes são esquecidos em sala de aula e nunca mais são procurados), das agressões físicas e verbais.
Diante disso tudo, não podemos perder a esperança, nem desistir de investir e de acreditar no potencial dos alunos. Afinal, existem excelentes alunos, que são interessados, cumpridores de suas responsabilidades, participativos, críticos, assíduos, respeitosos, que valorizam os professores, possuidores de personalidades sociais que sabem interagir entre eles, professores e funcionários.
Deve-se levar em conta ainda as diversidades sócio-econômica-culturais que existe em, nosso colégio, pois são três turnos com características próprias e peculiaridades bem distintas. Durante o dia (nos turnos da manhã e da tarde) os alunos que trabalham (a maioria garçom que atuam à noite) possuem certa disposição para as aulas e para realizar os trabalhos escolares. Já para os estudantes do noturno a realidade é bem diferente: são alunos que trabalham durante o dia em serviços pesados e braçais, que exigem muito esforço físico e isso acaba gerando cansaço, falta de interesse, sono durante as aulas e faltas consecutivas à escola. Isso, comprova, de certa forma, as dificuldades apontadas no início.
Assim, essa realidade e essas observações nos levam a compreender que os problemas têm motivos, que nada surge do nada. Com isso tudo, juntos, estamos batalhando, trabalhando em conjunto, fazendo o levantamento dos problemas e buscando as soluções.
Por meio do envolvimento e do comprometimento de todos, muitos dos problemas diagnosticados já estamos revertendo e nós, professores, temos muita boa vontade e almejamos mudanças para que nosso trabalho seja reconhecido e nosso aluno aproveite, por meio de aprendizagens concretas, cada instante que estiver em nossa escola.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARIÉS. Phillipe. História social da infância e da família. Tradução Dora Flaksman. Rio de Janeiro, Guanabara, 1981.
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade do consumo. Lisboa: Edições 70, 1995.
BELLUZZO, L.; VICTORINO, R. (2004). A juventude nos caminhos da ação pública. São Paulo Perspec., São Paulo: vol. 18, n. 4 (pp. 8-19).
BOURDIEU, P.(1983) A “juventude” é apenas uma palavra! Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero. (pp. 112-121).
CARVALHO, Eronilda Maria Góis. Educação infantil: percurso, dilemas e perspectivas. Ilhéus, BA: Editus, 2003.
COIMBRA, C.; BOCCO, F.; NASCIMENTO, M. (2005). Subvertendo o conceito de adolescência. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 57, n. 1,(pp. 2-11).
CRAIDY, Carmem, KAERECHER0, Gládis E. Educação infantil pra que te quero? Porto Alegre. Artmed, 2001.
FILHO, João Freire. Reinvenções da resistência juvenil: os estudos culturais e as micropolíticas do cotidiano. Rio de Janeiro: Editora Mauad X, 2007.
GOUVEIA, V., SINGELIS, T. e COELHO, J. (2002). Escala de Auto-Imagem: comprovação da sua estrutura fatorial. Aval. psicol. vol.1, n.1, (pp.49-59).
GROPPO, L. A. Juventude: ensaios de sociologia e história das juventudes modernas. Rio deJaneiro: Difel, 2000.
MISCHE, Ann. De estudantes a cidadãos: Redes de jovens e participação política. In: PERALVA, A.T; SPOSITO, M.P (org). Revista Brasileira de Educação. no. 5 e 6. São Paulo: Anped, 1997.
NOVAES, Regina e VITAL, Christina. A juventude de hoje: (re)invenções da Participação social. In: THOMPSON, Andrés A. (org.) Associando-se à juventude para construir o futuro. São Paulo: Peiropólis, 2005.
POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Rio de Janeiro. Graphia, 1999.
SOUSA, J. (2006) Apresentação do Dossiê: A sociedade vista pelas gerações. Política & Sociedade: Revista de Sociologia Política, Florianópolis: v. 5 n. 8. (pp. 9-30).
STEINBERG, Shirley, KINCHELOE, Joe. Sem segredos: cultura infantil, saturação de informação e infância pós-moderna. In: Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Tradução George Eduardo Japiassú Brício. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2001.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

CONSELHO DE CLASSE: Momento coletivo de avaliação e tomada de decisão

Alexandro Muhlstedt

O Conselho de Classe ocorre quando vários professores das diversas disciplinas, juntamente com a Direção e Equipe Pedagógica, se reúnem para refletirem conjuntamente e avaliarem o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas. A preocupação do Conselho é dinamizar a gestão pedagógica. Sendo parte do processo de Avaliação, possui algumas características próprias como a participação direta dos profissionais, a organização interdisciplinar e a centralidade da Avaliação escolar como foco de trabalho.
Pensando nisso, no mês de julho de 2011, na Semana Pedagógica, houve reflexão sobre o processo de avaliação e como atividade, foi perguntado a um grupo de professores o que entendiam por Conselho de Classe. As respostas podem ser conferidas no quadro a seguir:

PROFESSOR
O QUE É CONSELHO DE CLASSE?
Marilise
É o momento em que o professor tem uma visão geral do aluno nas outras matérias.
Marcia
Momento de avaliarmos, assim como diagnosticar problemas e também soluções para que o objetivo principal (aprendizagem) se torne verdadeiro.
Silvana
Analisar o aluno em todas as disciplinas e buscar soluções para que haja aprovação do aluno.
Celia
Discussão sobre o aluno (falta, conseguiu alcançar o objetivo em uma determinada disciplina, etc.) objetivando sua aprovação ou não
Marion
O conselho de classe é o momento de avaliar o que foi trabalhado com o aluno e o que foi atingido com os alunos durante o bimestre, não é um momento somente de aprovar ou reprovar e sim de analisar a capacidade do aluno para seguir para a próxima série.
Simone
Um momento de discutir sobre os procedimentos de sala de aula.
Tiago
Momento o qual são passadas instruções para melhorar o desempenho profissional e alertar sobre alguns pontos melhorados.
Andreia
Deveria ser um momento para analisar o desempenho do aluno e da turma e ir percebendo suas dificuldades e buscar estratégias para solucionar um problema.
Marilei
É a discussão no bom sentido, sobre cada aluno, verificando se eles têm ou não conseguido alcançar os objetivos preestabelecidos das disciplinas, se não houve comprometimento, enfim, qual é o problema, este diagnóstico faz-se devido encaminhamento.
Alberto
A função do conselho de classe é verificar o nível da classe de aula, o desempenho dos alunos como um todo e verificar as dificuldades individuais de cada aluno que aparenta dificuldades esgarças.
Marines
Onde você avalia o aluno, suas dificuldades e também o comportamento, com a ajuda de outros professores.
Priscila
A maneira de ter conhecimento do comportamento e aprendizagem dos alunos nas outras disciplinas, e os professores entra em consenso.
Aline
Debate sobre cada aluno.
Joceli
Buscar soluções em conjunto com outros colegas para as dificuldades que aparecem no decorrer das aulas
André
Um recurso da escola para diagnosticar os alunos de maneira macro – a turma toda – e isolado – aluno por aluno – buscando assim uma maior compreensão dos problemas de uma turma ou determinados alunos.
Rogério
Momento para verificar o processo de aprendizagem de determinado período.
Angélica
Momento para verificar o processo de aprendizagem de determinado período.
Dirlene
Momento para verificar o processo de aprendizagem de determinado período.
Rejane
Analisar, estudar, perceber a verdadeira dificuldade ou não do aluno e avaliar o esforço para com o aluno e ajudá-lo a concluir o ano, mas, fazê-lo perceber o que se deve trabalhar melhor para o próximo ano.
Elisa
Momento de repensar o método de ensino, o que pode ser mantido, o que deve melhorar.
Vanessa
Uma reunião onde os professores podem ter uma visão melhor dos alunos com maiores dificuldades de aprendizagem. Assim podemos rever a forma que nos aproximamos desses alunos e a forma de avaliação.
Ítalo
Onde nos reunimos para avaliar e decidir em grupo o rendimento do aluno. Analisar e ver as causas de sucesso ou não do aluno.

A partir da percepção dos professores, foi possível analisar os três momentos que constitui o que é chamado de Conselho de Classe: Pré Conselho, Conselho de Classe e Pós Conselho.

PRÉ CONSELHO
CONSELHO DE CLASSE
PÓS CONSELHO
São as ações que dizem respeito à aprendizagem do aluno, bem como os encaminhamentos realizados ao longo do Bimestre.
Refere-se também a uma Ficha na qual o professor descreve questões referentes a turma na qual é Monitor.
É o momento em que professores, Equipe Pedagógica e Direção reúnem-se para verificar se os objetivos, processos, conteúdos e avaliação estão coerentes com o referencial do trabalho pedagógico da escola.
A intenção preponderante nesse momento é definir juntos o que será feito para atender as necessidades de mudança, o redirecionamento dos aspectos levantados no diagnóstico das turmas (Pré conselho) e a sistematização das ações pedagógicas.
Esse é o momento de retomada dos conteúdos e da metodologia de ensino por parte do professor.
Para sistematizar, organizar e melhorar estratégias e o processo de ensino-aprendizagem, após a realização de cada Conselho de Classe, será solicitado ao professor, pela Equipe Pedagógica, informações complementares de cada caso para melhor agir.
Tudo o que ocorre após a reunião do Conselho na tentativa de resolver os problemas apontados.

Para cada momento, há um conjunto de atividades a serem desenvolvidas. Essas atividades, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola, bem como as orientações da Secretaria de Estado da Educação, concretizam um momento importante de análise e tomada de decisão. Sem essas ações o Conselho de Classe se torna um momento burocrático, vazio de seus valores pedagógicos. Cada ação exige tomada de decisão e clareza pedagógica para ser meio de mudança, resolução aos problemas pedagógicos e organização coerente dos processos que ocorrem no cotidiano da escola.
As principais atividades de cada momento definidas no Colégio Zardo são:

PRÉ CONSELHO
CONSELHO DE CLASSE
PÓS CONSELHO
Registros na pasta individual do aluno e na pasta da turma.
Acompanhamento de notas, do desempenho, do rendimento e das faltas dos alunos.
Conversas sistematizadas com os alunos e professores, na Hora-atividade.
Registros em Livro de Ocorrência.
Preenchimento, pelo professor, da Ficha do Pré conselho.
Redação e conferência de atas de ocorrências a respeito dos alunos (indisciplina, faltas, problemas de saúde, etc).
Levantamento dos atendimentos realizados ao longo do bimestre.
Dados sobre aulas vagas (falta do e de professor).
Professor monitor faz um comentário geral da turma, indicando avanços e retrocessos.
Apresentação do desempenho e rendimento de cada um dos alunos da turma: problemas de faltas às aulas, problemas de indisciplina e displicência, recusa em realizar as atividades e dificuldades de aprendizagem.
Encaminhamento, pelos professores, para cada situação: acionar família, encaminhar para a FICA, conversar com Equipe Pedagógica, mudar metodologia de trabalho ou realizar encaminhamento geral com a turma.
Registro em Ata pelo secretário da escola, resguardando seu caráter pedagógico.
Realização de orientações aos alunos (individual ou coletivamente).
Registros na pasta individual.
Encaminhamentos junto às famílias.
Elaboração dos gráficos de desempenho e rendimento (mediante as médias bimestrais entregues nos canhotos de notas).
Solicitação ao professor do preenchimento da Ficha de Acompanhamento do Conselho de Classe.
Escrita dos motivos dos índices abaixo da média, bem como quais as realizações que vai efetuar para melhorar tais índices.
Reunião de pais para entrega de boletins de notas e conversa com os professores.

Como critério principal, no dia do Conselho não haverá aula para os alunos. No momento em que se realiza o Conselho de Classe, o perfil do aluno (de acordo com a percepção do professor) não é a questão que mais interessa. Por isso, alguns termos / rótulos são desnecessários, como: descompromissado, irresponsável, não controlável, imaturo, barulhento, desinteressado, desatento, instável, não reconhece a autoridade do professor, conversador, muito fraco, deixa a desejar, desrespeitoso, apático, tímido, participativo, não tem capacidade, dispersivo, regular, desmotivado, agitado, desordenado, bagunceiro, impossível de se controlar, desconcentrado, fraco, precisa de orientação, debochado, eufórico, inquieto, influenciável, péssimo, infantil, alegre demais, resistente, figurante, prepotente, hiperativo, chato, mau educado, etc. Quando o Conselho de Classe enfatiza muito esse tipo de descrição, acaba tendo um caráter comportamentalista, sendo usado como uma espécie de “caça às bruxas”. “Chamar os pais” como único tipo de encaminhamento pode acabar em “cortina de fumaça” para camuflar os problemas concretos de aprendizagem. As falas do professor sobre os alunos devem incidir sobre os aspectos que condicionam a aprendizagem e não a rótulos estereotipados com visões deterministas, inatistas ou ambientalistas.
Sabe-se o quanto é complicado reconhecer que em alguns casos a dificuldade de aprendizagem pode ser expressão da metodologia adotada pelo professor. Mesmo assim, em muitos casos, é necessário rever as práticas para que o trabalho com os conteúdos seja eficiente. Nesse sentido, faz-se necessário refletir se a não aprendizagem apenas incide em responsabilizar o aluno.

CONSELHO DE CLASSE FINAL

Diferente do que ocorre nos Conselho de Classe nos três primeiros bimestres do ano, no 4º Bimestre ocorre a finalização das atividades pedagógicas. Neste momento, o professor não necessita entregar Parecer da turma, mas o canhoto de notas e o resultado final, no qual consta a média final de cada aluno e o total de faltas. Caso o Conselho decida pela retenção do aluno na mesma série, o professor da disciplina na qual o aluno reprovou necessita preencher o Parecer de Reprovação.
O Conselho de Classe final é conduzido pela Equipe Pedagógica e no Colégio Zardo foram adotados alguns procedimentos comuns em todos os turnos, para todas as turmas. Esses procedimentos auxiliam na sistematização dos resultados, bem como na agilidade do processo.
Os profissionais da secretaria da escola, coordenados pelo Secretário, trazem as listas com os nomes dos alunos em pen drive as quais são projetadas pelo data show. Um a um os professores vão citando a média anual, que é digitada por um dos funcionários. Enquanto realiza esse procedimento, não se decide por aprovação ou reprovação até concluir a apresentação de toda turma.
Só depois de terminar o preenchimento da tabela da turma é que se toma a decisão pela aprovação daquele aluno cuja média anual não tenha atingido o mínimo de 6,0 pontos. A base de análise é o desempenho, a apropriação dos conteúdos, a possibilidade de dar conta dos conteúdos na série seguinte e o número de faltas. Esses critérios são fundamentais, elencados como justos, coerentes e decididos no coletivo, para evitar decisões incoerentes, pontuais ou baseando-se apenas no comportamento do aluno.
Se houver algum caso polêmico, como um professor que reprovou aluno e insiste que se mantenha reprovado, apesar dos demais tenham decidido pela aprovação, são feitos questionamentos a respeito dos objetivos definidos no Plano de Trabalho Docente e que não foram atingidos pelo aluno. Questionamentos estes também de acordo com os parâmetros de dificuldades conceituais do aluno, diagnósticos e registros realizados, chamamento de pais, discussões nos conselhos anteriores, avanços obtidos pelo aluno, anotações no livro de registro de classe com assinatura e outras intervenções que tenham sido ou não realizadas. Importa que tenha havido procedimentos suficientes que ancorem a decisão.
No Conselho de Classe Final não há, em hipótese alguma, votação para o resultado final de aluno. Se o aluno for reprovado, o professor de cada disciplina de reprovação, deverá escrever um parecer no qual explicite os motivos e as medidas tomadas durante o ano letivo.
O registro geral será efetuado pela secretaria da escola, em ata para cada turma, descrevendo o parecer geral ao longo do ano de cada turma, bem como os encaminhamentos pelo professor e pela Equipe Pedagógica. Tal documento é assinado por todos os professores.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: O processo pedagógico à luz da prática

Alexandro Muhlstedt

Um bom avaliador sabe reconhecer valores mediante observação cuidadosa,
critérios claros e consciência afinada.
(Gabriel Perissé. O valor do professor, 2011)

A avaliação escolar, também chamada avaliação do processo ensino-aprendizagem ou avaliação do rendimento escolar, tem como dimensão de análise o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar.
Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe pedagógica e o próprio sistema no aperfeiçoamento do ensino. Uma vez que seja utilizada com cautela, considerando os estudos sobre este tema, fornece informações que possibilitam tomar decisões sobre quais recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efetivo. É, portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa, quando utilizada com o propósito de compreender o processo de aprendizagem que o aluno está percorrendo em um dado curso, no qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o cumprimento dos objetivos previstos e assumidos coletivamente na Escola, em especial na Proposta Pedagógica Curricular e em cada Plano de Trabalho Docente.
Para efetivar uma prática avaliativa coerente com os preceitos é necessário utilizar instrumentos para essa análise. Os Instrumentos de Avaliação mais utilizados no Colégio Zardo são: prova escrita, trabalho de pesquisa, textos/relatórios, apresentações/relatos, observação direta do desempenho do aluno, autoavaliação e desempenho geral nas atividades propostas pelos professores, em diferentes situações de aprendizagem.
Mas para que o Instrumento seja coerente com a proposta do professor, faz-se necessário estabelecer critérios de avaliação. Um Critério, então, pode ser definido como um parâmetro de qualidade estabelecido para o julgamento de ações e de produtos realizados. Por exemplo: precisão, clareza, coesão, rapidez, criticidade e complexidade a partir dos quais o desempenho do aluno será avaliado. Para isto, será necessário definir, previamente, um ou mais padrões de desempenho do aluno no desenvolvimento da competência e a organização de situações que lhe permitam demonstrá-la. Cada professor tem definido os critérios, de acordo com os objetivos previstos para cada conteúdo. Vale ressaltar que, para sistematizar e, especialmente, organizar práticas avaliativas mais justas e coerentes, definiu-se a Semana de Avaliação em cada bimestre (onde os alunos realizam provas de todas as disciplinas, exceto, Artes, Educação Física e Ensino Religioso).
Quanto a recuperação de estudos, que diz a respeito que é direito daqueles que não conseguiram aprender com os métodos adotados pela escola, em um determinado tempo, terão uma nova oportunidade de aprender o conteúdo que o mesmo não teve aproveito. As atividades de recuperação ocorrerão concomitante com as atividades realizadas pelo professor, como nova oportunidade de aprender e refazer / realizar as atividades solicitadas.
De acordo com a LDB em seus incisos IV e IX do art. 3º, a escola deve ter uma tolerância conjunta com os educadores com aqueles alunos que algum momento do processo de ensino aprendizagem tiveram algum tipo de dificuldade de aprendizado. Temos que levar em consideração de que os alunos são seres humanos e de repente em algum momento da fase de ensino aprendizagem, eles não se adaptaram com a forma de ensino rotineiro empregado pelo educador, sendo assim o professor deverá em conjunto com a escola desenvolver algum método para acolher estes alunos com problemas.
Ao referir se aos docentes a lei recomenda aos estabelecimentos de ensino “prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento” (inciso V do art. 12), e aos docentes que devem zelar pela aprendizagem dos alunos inciso III do art. 13. Também deve se estabelecer estratégias de recuperação dos alunos com menor rendimento.
Considerando essas questões, é que em julho de 2011, na Semana Pedagógica, foi organizado um conjunto de reflexões sobre o processo de avaliação que vinha sendo realizado na escola. Assim, a Equipe Pedagógica da escola organizou uma atividade na qual os professores deveriam responder a quatro questões:
1. O que é avaliação?
2. Qual o papel do professor e do aluno no processo de avaliação?
3. Como realizar uma avaliação que considere a aprendizagem do aluno?
4. O que é recuperação de estudos?
O grupo de professores participantes realizou a atividade, e o conjunto das respostas podem ser conferidas no quadro a seguir:

PROFES-SOR
O QUE É AVALIAÇÃO?
QUAL O PAPEL DO ALUNO E DO PROFESSOR NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO?
COMO REALIZAR UMA AVALIAÇÃO QUE CONSIDERE A APRENDIZAGEM DO ALUNO?
O QUE É RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS?
Marilise / Arte
É um processo de verificação se o que se propôs ensinar realmente se concretizou – é dinâmico – o tempo todo.
Aluno: aprender e Professor: ensinar
Levando em conta o que o aluno sabia antes e a sua transformação no sentido de absorver / reter os conteúdos e saber aplicá-los.
É quando o professor percebe que a prática pedagógica que desenvolveu não atingiu todos por igual, é uma retomada, às vezes por outro caminho, de outra maneira. Reprovação não é recuperação de estudos.
Marcia / Matemática
É o diagnóstico não só estatístico do processo ensino-aprendizagem, mas também um processo pedagógico.
Interação e intervenção.
Provas, trabalhos escritos e orais, pesquisa.
É uma retomada de conteúdos, assim como oportuniza uma maior absorção de conteúdos.
Silvana / Matemática
É um processo que investiga a aprendizagem do aluno e do professor.
Analisar quais os conteúdos que não foram assimilados.
Uma avaliação individual que exija muita leitura e interpretação além dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Retomar os conteúdos que não foram assimilados, de forma diferenciada, principalmente com alunos que tem maior dificuldade.
Celia / Biologia
Processo pelo qual se avalia o “aprendizado” adquirido pelo aluno.
Do aluno, demonstrar o que assimilou e do professor, promover (proporcionar) as diferentes formas de conteúdo.
Só se fosse uma aula totalmente prática, que ele pudesse mostrar o que realmente aprendeu.
Uma maneira de proporcionar uma chance de o aluno alcançar o objetivo.
Marion / Ciências
Um instrumento que direciona a ação pedagógica do professor e mostra para o aluno suas dificuldades e avanços
Do aluno é demonstrar o que ele aprendeu, a sua capacidade, e do professor, é direcionar o aluno na construção do seu conhecimento.
A avaliação deve trabalhar no aluno a linha de raciocínio das aulas ministradas.
A recuperação deve ser o momento de retomada de conteúdo, seguida de um instrumento avaliativo do nível compatível ao que foi ensinado.
Simone / Pedagoga
É a percepção do quanto o indivíduo reteve de conhecimento relacionado ao conteúdo trabalhado em sala.
O papel do professor é de descobrir o quanto o aluno aprendeu a partir do conteúdo trabalhado. E a do aluno é de fazer uma auto-avaliação e perceber o que ele reteve e o que precisa aprender mais.
Deve-se elaborar uma avaliação de múltiplas questões dissertativas e de redação.
É uma chance a mais do aluno adquirir o conhecimento que não obteve no momento oportuno.
Tiago / Inglês
Forma de verificar o nível de aprendizado do aluno durante cada período
O aluno deve transpor seu aprendizado mantendo sua postura individual da disciplina. O professor deve manter sua posição profissional avaliando todos os critérios ensinados.
Elaborando questões mais abertas sobre o conteúdo com o que o aluno possa ter mais liberdade de expressão em relação ao conteúdo, tornando válido seu aprendizado.
Momento para revisar o conteúdo dando ênfase a conteúdos específicos de dificuldade do aluno.
Andreia / Ciências
É uma forma de perceber o desenvolvimento do aluno e rever as estratégias de ensino para o professor.
O aluno deve rever os conteúdos, estudar e perceber suas dificuldades, o professor deve auxiliar o aluno nessas dificuldades e preparar uma avaliação significativa.
Que apresente várias atividades durante o processo, diversificando as estratégias.
É rever as dificuldades dos alunos, retomando esses conteúdos.
Marilei / Língua Portuguesa
É a verificação de ambas as partes sabendo o que o aluno não compreender, para desta forma, o professor retorne a sala didática, ou seja, sua prática pedagógica.
Ambos estão inseridos no processo educativo, levando em conta que o aluno tem sua individualidade, o professor a sua, mas que o professor tem que ter o domínio de conteúdo e principalmente domínio de classe, estes aliados ao respeito.
Não deve ser para castigar, e sim para ensinar como. Com qualidade e responsabilidade, porque é desta forma que formamos conceitos e principalmente formamos seres humanos.
É a retomada do que já foi ensinado, ou seja, mesmo feijão com arroz com outro tempero.
Alberto / Informática
É a verificação do aprendizado daquilo que foi proposto ou ensinado.
O aluno no processo de avaliação, tem o papel de fazer a avaliação do que foi aprendido da matéria exposta durante as aulas.
Fazer perguntas ao aluno sobre o assunto ministrado e verificar o quanto o aluno absorveu de conhecimento.
É uma forma de reavaliar o conhecimento do aluno, dando ao aluno a oportunidade de melhorar a sua avaliação.
Marines / Língua Portuguesa
É uma forma de demonstrar e analisar se o aluno está apto ou não ao conteúdo aplicado.
Aluno deve dessa forma mostrar seu conhecimento que lhe foi passado. O professor ser criativo nas avaliações, fazendo com que desperte cada vez mais o interesse do aluno.
Devemos avaliar o aluno através da prova, mas também através de trabalhos onde eles possam buscar novas informações para poder explorar melhor os conteúdos.
É uma maneira de fazer com que o aluno possa reforçar o conteúdo estudado.
Priscila / Matemática
É a maneira de medir o quanto o aluno aprendeu e desenvolveu durante um certo tempo.
Aluno: estudar, perguntar e tentar expor o que aprendeu.
Professor: explicar, preparar as aulas, tentar motivar o aluno e despertar o interesse, experimentando sempre que possível metodologia diferentes de alguma que não deu certo.
A avaliação dos alunos não deve somente ser realizada através da prova, mas também de outras maneiras, em trabalhos e apresentações, mas a prova deveria ter um peso maior, porque muitos alunos nem se preocupam com ela, pois se ele fizer os trabalhos e for bem o que ele diz: “não preciso estudar para prova, pois não preciso de muita nota”.
É a maneira de dar outra chance ao aluno, de tentar recuperar o conhecimento que não foi adquirido durante o decorrer do bimestre.
Aline / Química
Forma de verificar nível de assimilação.
Ensinar e aprender
Formas diferenciadas do conteúdo.
O nome já diz “recuperar conteúdo”.
Joceli / História
Uma forma de avaliar o que o aluno aprendeu durante o ano letivo (diagnóstico). Por isso é necessário utilizar vários instrumentos e ser continua.
O aluno comprometer-se com as diversas formas, onde demonstre as suas reais dificuldades e aprendizagem. O professor, propiciar diversas formas avaliativas de uma maneira que oportunize o aluno a sua real condição.
Utilizando vários recursos diferenciados e contínuos.
Uma retomada de conteúdo diferenciada e continua.
André / Arte
É um recurso pedagógico que visa avaliar o desempenho do aluno no que diz respeito ao conhecimento formal adquirido em uma determinada disciplina.
É o papel do aluno e do professor no processo de avaliação é de através da avaliações, medirem o grau de conhecimento adquirido e juntos, a partir disto, buscar o crescimento ou melhor, a compreensão do assunto.
Com uma avaliação que leve em conta vários fatores como questões de diferentes tipos como por exemplo: discursivas, análises, práticas em sala de aula e desempenho do aluno no correr do bimestre, além de buscar sempre coerência nas atividades com a idade e o assunto em baila naquela determinada turma.
Uma retomada dos conteúdos do bimestre para oportunizar do aluno uma forma diferente de avaliação.
Rogério / Ciências
É um meio de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
O aluno deve adquirir o conhecimento que lhe é proporcionado pelo professor de maneira clara e abrangente dentro do contexto social.
A avaliação deve ser de maneira continua considerando as diferentes formas e meios de diagnosticar a aprendizagem.
Recuperar os conteúdos que os alunos não conseguiram se apropriar.
Angélica / Matemática
É um meio de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
O aluno deve adquirir o conhecimento que lhe é proporcionado pelo professor de maneira clara e abrangente dentro do contexto social.
A avaliação deve ser de maneira continua considerando as diferentes formas e meios de diagnosticar a aprendizagem.
Recuperar os conteúdos que os alunos não conseguiram se apropriar.
Dirlene / Química
É um meio de diagnosticar a aprendizagem do aluno.
O aluno deve adquirir o conhecimento que lhe é proporcionado pelo professor de maneira clara e abrangente dentro do contexto social.
A avaliação deve ser de maneira continua considerando as diferentes formas e meios de diagnosticar a aprendizagem.
Recuperar os conteúdos que os alunos não conseguiram se apropriar.
Rejane / Geografia
Trabalhar o conteúdo programático (planejado) com os alunos fazendo com que os mesmos venham a perceber um tempo e espaço a interpretar e entender a realidade, no que aquele assunto irá ajudá-lo a interagir como cidadão e qual a bagagem que ele levará para sua vida como pessoa e no seu dia a dia.
Aprender e ensinar um com o outro é onde se encontra a coletividade e a percepção de que juntos podemos construir mais e melhor. Tornar um veículo para melhor desenvolver a capacidade do aluno e melhorar a relação da sociedade em geral.
Fazer debates, realizar pesquisas, expor ideias e fazer perguntas, trabalhar em grupos com temas diversificados para entender a ideia de cada um, fazer anotações para levantar o objetivo que se quer chegar, ou seja, o que realmente o aluno aprendeu.
Analisar, repor conteúdo e dialogar com o aluno até que se perceba onde e como fazer para ajudar o aluno a aprender e perceber o que se utiliza ou não para seu aprendizado.
Elisa / Matemática
É a forma de constatar o nível de conhecimento / entendimento do aluno em relação ao conteúdo trabalhado. Também por meio da avaliação, é possível constatar pontos que devem ser revistos, e para tirar dúvidas e ampliar o conhecimento.
Aluno: estudar sempre, não somente para a avaliação, tirar dúvidas, expor o que aprendeu durante as aulas e expor o que aprendeu.
Professor: Trabalhar de diversas formas o conteúdo para possibilitar ao aluno que aprenda.
Obs.: Se não houver interesse do aluno em aprender as diversas formas de trabalhar o conteúdo, utilizadas pelo professor, torna-se se praticamente nulas.
Uma avaliação onde o aluno deva escrever o que aprendeu (ou não), expor sua opinião (embora muitos não a tenham!)
Revisão do conteúdo já trabalhado com uma metodologia diferente.
Vanessa / Sociologia
Uma forma de confirmarmos se os alunos estão fixando os conhecimentos passados em sala de aula. Dessa forma o professor pode ajustar suas próximas aulas de acordo.
O papel do professor é fazer uma (ou mais) avaliação que englobem bem os conteúdos dados aos alunos. O papel do aluno é demonstrar que está absorvendo as matérias que teve em aula.
A avaliação deve conter diferentes tipos de questões e perguntas para que os alunos demonstrem seu aprendizado de forma consistente.
Uma maneira de confirmar que os alunos com dificuldades possam obter uma melhora em seus conhecimentos.
Ítalo / História
É uma forma de consulta, feita pelo professor, onde o aluno demonstra o que assimilou, absorveu e como ele interpretou o conteúdo assimilado, bem como, se o conhecimento ajudou a compreender o mundo científico, histórico e social.
O aluno: como receptor das informações e se ele consegue compreender o que é transmitido e capaz de aprimorar o conteúdo.
Professor: Percebe se o método de transmissão está dando ou não resultados. O que é preciso fazer para melhorar suas aulas.
Considerada uma avaliação boa, permanente, o conteúdo deve ser bem ministrado em sala, o aluno tem de sentir simpatia e gosto pela matéria. E na avaliação o aluno tem que demonstrar o quanto ele absorveu e foi útil para o seu crescimento intelectual.
É revisar, voltar ao tema que não foi assimilado e/ou compreendido. Às vezes consideramos como recuperação um item em que o aluno “fracassou”, quando na verdade é mais um reforço ou compreender onde falhou ou o que o professor deve melhorar.


Após as discussões, foi definido coletivamente o processo de Avaliação do Colégio Zardo, com o intuito de fortalecer procedimentos comuns e concretizar uma linguagem única nesse quesito. Pressupõe-se que havendo uma unidade de ação entre os professores, alunos e pais poderão ter claro como se processa a avaliação e como se chega nas médias bimestrais.
O processo de avaliação é simples e objetivo, válido para todas as disciplinas. A avaliação de cada bimestre terá valor de 6,0 pontos. As atividades valem 2,0 pontos e o trabalho valerá 2,0 pontos. Essa distribuição de nota organiza os registros no Livro de Registro de Classe e facilita a distribuição de notas pelo professor, a assimilação do processo pelos alunos e a compreensão do mesmo pelos pais.
Se o aluno falta no dia da prova, o mesmo deverá apresentar justificativa. Tal justificativa deve ser apresentada para a Equipe Pedagógica, que autorizará o aluno a fazer a avaliação em outra data. A justificativa deve ser registrada no Livro de Registro de Classe, pelo professor. A realização da avaliação ocorrerá na aula seguinte do professor.
O trabalho entregue na data marcada será avaliado em 100% do valor do mesmo. Se algum trabalho for entregue na segunda data, o valor será menor, a critério do professor, exceto se for apresentada uma justificativa plausível.
Bimestralmente será colocado em sala de aula um quadro no qual o professor agendará as datas de avaliações e trabalhos. Os trabalhos e pesquisas são importantes como forma de aprofundamento e continuidade do conteúdo ministrado em aula pelo professor. Não deve ser utilizado como forma de repor conteúdo, no caso do professor não “dar” tal conteúdo na sala de aula. O professor deve fazer o encaminhamento de trabalhos e pesquisa com antecedência, de forma clara e objetiva durante suas aulas, repetindo quantas vezes forem necessárias para o entendimento dos alunos. O professor deve sugerir fontes de pesquisa. Caso o aluno não entregue o trabalho no prazo estipulado, a nota deve ser parcial, exceto se o mesmo apresentar atestado médico ou justificativa plausível de sua falta na data da entrega. Os trabalhos devem ser entregues apenas para o professor solicitante durante suas aulas, em hipótese alguma fora desse horário. Dependendo do trabalho e do encaminhamento dado pelo professor, devem seguir as normas da ABNT. Em todo caso, todos os trabalhos escolares solicitados aos alunos devem ter capa e folha de rosto. O professor deve estabelecer o valor e deixar claro os critérios (por escrito) no roteiro do trabalho. Os professores devem exigir que, quando se tratar de pesquisa, todos os trabalhos devem seguir das normas da ABNT contidas na agenda escolar. A forma de ser entregue (manuscrito ou digitado) fica a critério do professor, sendo isso explicitado nas orientações. Cada item do trabalho deve ser avaliado, ou seja, atribuir nota a cada parte solicitada: capa, folha de rosto, introdução, desenvolvimento, conclusão, etc. O conteúdo do trabalho deve ser trabalhado pelo professor e cobrado na prova. Não permitir que alunos façam, durante a aula, o trabalho de outro professor/disciplina. Cada trabalho solicitado pelo professor deve ser deixado na Sala do xeróx. No roteiro deve conter o conteúdo a ser pesquisado, bem como as orientações gerais e os critérios estabelecidos pelo professor. Em cada bimestre, no mínimo 01 trabalho deve ser solicitado.
Ao final de cada bimestre será realizado o Conselho de Classe. Os critérios existentes para análise do desempenho do aluno são quatro: indisciplina e displicência, faltas excessivas, dificuldade de aprendizagem e não realização as atividades. Como encaminhamento geral estão definidos quatro questões: FICA, chamamento da família, trabalho com a turma e conversa individual. Haverá um pré-conselho individual entre professor e equipe pedagógica, no qual o professor abordaria a sua disciplina em relação ao desempenho do aluno, na turma em que atua como professor monitor.
Sobre a folha da prova, toda prova só será impressa se constar o cabeçalho padrão do colégio. O cabeçalho fica à disposição do professor no computador da sala dos professores e da equipe pedagógica, por e-mail e na página web do colégio. Com antecedência de 05 dias, o professor deve apresentar uma cópia da prova para ser vistada. Esta é uma forma de acompanhar o trabalho do professor com o conteúdo e a avaliação, bem como o cumprimento do previsto no Plano de Trabalho Docente. Todas as provas do bimestre e de recuperação devem passar pela Equipe pedagógica. Cada prova deve conter questões diversificadas, sendo no mínimo 03 tipos de questões. Na prova deve constar de 05 a 10 questões. O valor de cada questão deve constar na folha da prova.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO NA PROPOSTA CURRICULAR DO COLÉGIO ZARDO

A fim de compreender o processo de avaliação como processo pedagógico que ocorre em todos os momentos da aula, segue a concepção presente em cada uma das disciplinas do currículo:

DISCIPLINA
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Arte
A concepção é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
A avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”, almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.
O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor.
Biologia
A avaliação vista como um instrumento diagnóstico em que não somente o aluno é avaliado e sim também a prática pedagógica do professor remete a pensar que a mesma não é somente um instrumento classificatório, isto é, que serve somente para apontar se o aluno foi ou não capaz de alcançar uma boa nota. E sim para diagnosticar dificuldades que possam ser sanadas com a revisão da própria metodologia do professor, buscando a retomada de conceitos e conhecimentos produzidos em sala de aula.
Compreendemos a necessidade de que a avaliação seja processual, contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Ciências
A avaliação na disciplina de Ciências deve ser diversificada, num processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, visto que o ensino de Ciências deve respeitar e valorizar a realidade do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua exclusão do processo educativo.
Valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e hajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Educação Física
A Avaliação da Educação Física é somativa, diagnóstica e contínua, onde a primeira fonte de avaliação que usaremos é reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido, sendo que o processo de aprendizagem do aluno, não levará em conta o aspecto quantitativo de mensuração de rendimento, que era uma prática do tecnicismo ao qual tentamos romper.
É imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem.
A avaliação faz parte do processo de ensino-aprendizagem, devendo sempre ser um processo continuo, permanente e cumulativo, não deixando no entanto de dialogar sobre as estratégias didático-metodológicas.
Ensino Religioso
É um elemento que faz parte do processo educativo da disciplina do Ensino Religioso.
O objetivo central da avaliação do Ensino Religioso é verificar se o aluno está assimilando os conteúdos e se é capaz de descrever as principais formas de manifestações religiosas da sociedade.
Deve-se levar em conta que não é aferido nenhuma nota ou conceito, pois essa matéria não implica em aprovação ou reprovação. A avaliação apenas se restringe em verificar se o aluno se apropriou dos conteúdos ministrados pelo professor em sala de aula.
Filosofia
A avaliação no ensino de Filosofia pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. É concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.
Física
A avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes estando de acordo com o Projeto Político Pedagógico. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não-neutralidade da ciência.
Inicialmente, é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no desenvolvimento dos trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento pedagógico.
Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.
A avaliação deve ter um caráter diversificado, sendo processual, cumulativa e contínua.
Geografia
A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem do aluno, mas também o trabalho pedagógico do professor.
Ela não serve apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito, mas deve priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
É formativa e por isso deve ser diagnóstica e continuada, pois aponta as dificuldades ao longo do processo, possibilitando assim a intervenção pedagógica de acordo com os resultados que vão se apresentando.
O professor deve observar, então, se os alunos compreendem e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaço-tempo e sociedade no sentido de formar um cidadão que conheça os diferentes fenômenos geográficos e o relacionamento homem natureza na aldeia global.
História
A avaliação deve privilegiar a articulação conteúdo/forma.
É diagnóstica, permanente, continua, além de cumulativa e qualitativa. Ajuda a verificar se o aluno estabelece relações entre os conteúdos selecionados, a sua realidade e a realidade dos outros homens.
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o antes, o durante e o depois.
A avaliação posta dessa forma proporciona o valor (nota) uma nova dimensão no processo de ensino aprendizagem, pois ele apenas representa o julgamento realizado.
Inglês
A avaliação corresponde a uma determinada forma de olhar a questão pedagógica, o desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento. A avaliação será somatória e contínua, efetivada pela compreensão do que se quer que o aluno aprenda, estabelecendo com clareza a proposta de trabalho dirigida aos mesmos. Espera-se que o aluno seja capaz de entender as relações entre as partes do texto; distinguir as ideias principais das ideias secundárias (detalhes); tolerar ambiguidade no texto; parafrasear; usar o contexto para construir o significado e chegar à compreensão; continuar a leitura mesmo quando não obtiver sucesso, ao menos por alguns momentos.
È importante que o aluno tenha um posicionamento argumentativo e crítico em relação a sua leitura compreensiva do texto reconhecendo os diferentes tipos de textos.
Língua Portuguesa
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
Em nossa escola de avaliação é processual, diagnóstica, continua e cumulativa.
Matemática
A avaliação tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre como está se realizando o processo ensino – aprendizagem como um todo, isto é, abrange a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, metodologia, conteúdos, recursos pedagógicos e tecnológicos, estrutura e funcionamento da escola e do sistema de ensino.
Ela deve ser contínua, dinâmica e com frequência informal, para que, por meio de uma série de observações sistemáticas, se possa emitir um juízo de valor sobre a evolução do aluno no aprendizado da matemática e tomar as atitudes necessárias.
A avaliação do desempenho dos alunos tem como finalidades em relação ao aluno: verificar e medir seu conhecimento matemático; acompanhar o desenvolvimento de seus procedimentos matemáticos; observar sua postura diante da matemática e possibilitar a reflexão sobre os seus êxitos e dificuldades e em relação ao professor: colher informações para orientação e tomada de decisões em relação à atuação docente e identificar as áreas em que alguns alunos apresentam dificuldades e reorientar o trabalho.
Química
A avaliação deverá manter um caráter contínuo e diagnóstico, possibilitando novos direcionamentos da metodologia, além de ser um meio para o professor melhorar sua prática pedagógica.
É entendida como processo, portanto, deverá ser contínua e promover uma constante elaboração/reelaboração do conhecimento produzido por alunos e professores.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e até mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado que educador e educando estão construindo coletivamente.
Sociologia
A avaliação deve propiciar a verificação da apreensão de alguns conceitos básicos da ciência sociológica, articulados com a prática social; da capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; da clareza e coerência na exposição das ideias, sejam no texto oral ou escrito.
Acompanham as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina a reflexão crítica dos debates, análises de textos ou filmes, a participação nas pesquisas de campo ou na produção de textos que demonstrem a capacidade de articular teoria e prática.
Podem ser de várias formas, desde que os objetivos de apreensão, compreensão, reflexão sobre os conceitos e teorias e a construção do pensamento sociológico pelos alunos possam ser analisados.


Esse conjunto de concepções expressa as opções teóricas que embasam os posicionamentos e práticas de avaliação no Colégio Zardo. Com isso, constitui a vivência diária em que a avaliação respeita as legislações e as orientações da mantenedora, sendo, portanto: uma das dimensões que compõem o processo pedagógico, existindo de forma diagnóstica, processual, diversificada, somativa contínua, formativa, continuada e cumulativa.