sexta-feira, 16 de setembro de 2011

UM OLHAR SOBRE O PEDAGOGO ESCOLAR: A atuação deste profissional no cotidiano do Colégio Zardo


Alexandro Muhlstedt

INTRODUÇÃO

O presente texto é resultado das atividades empreendidas no Grupo de Trabalho em Rede (GTR) em 2011. O GTR/2011 constitui uma das atividades da Turma do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE / 2010) e caracteriza-se pela interação a distância entre o Professor PDE e os demais professores da Rede Pública Estadual, cujo objetivo é a socialização e discussão das produções e atividades desenvolvidas. O grupo no qual este foi elaborado teve como tema “O Pedagogo no desenvolvimento da práxis educativa no contexto escolar”. O principal objetivo foi oportunizar aos cursistas a participação em estudos e reflexões para a compreensão da práxis do Pedagogo para as mudanças significativas no processo educativo. Assim, apresenta pontos de vista sobre o pedagogo escolar, bem como a descrição de vivência pela Equipe Pedagógica do Colégio Zardo.


1. QUEM É O PEDAGOGO ESCOLAR


Desde que houve, por parte da classe e do governo, a efetivação do pedagogo como componente da equipe escolar na rede pública do Paraná, vem se discutindo o seu papel e as implicações de sua atuação na rotina escolar. Muito se diz, e vem sendo dito, sobre as incumbências do pedagogo na escola.
Ocorre que, muitas vezes, o pedagogo tem uma formação inicial deficitária, haja vista que, por meio de pesquisas institucionais, constatou-se que uma parte considerável dos estudantes de Pedagogia tem histórico de fracasso escolar. E esses estudantes concluem o curso e acabam atuando nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. E muitas vezes essa atuação tende a ser capenga, fragmentada, dissociada de fundamentação teórica consistente, consequentemente forçando a uma ação acrítica.
Nota-se no cotidiano da escola que existem pedagogos que nem sequer possuem noção de aspectos básicos da pedagogia para uma atuação adequada. Em encontros de pedagogos (reuniões técnicas, jornadas pedagógicas, formação continuadas, entre outras) ainda impera o senso comum, os discursos fofoqueiros de temas referentes a alunos e professores, as reclamações da falta de estrutura para trabalhar, as queixas da falta de condições mínimas, o acúmulo de tarefas e, consequentemente, por faltar espaço de tempo, a dificuldade em manter uma discussão teórica sem cair no mero espontaneísmo e a uma interpretação duvidosa do que seja a realidade escolar.
Desse modo, a equipe pedagógica da escola acaba não "resgatando" o trabalho competente e ético, nem constituindo a sua identidade de fato. Infere-se desses fatos que, por haver deficiência na formação, os profissionais desconhecem realmente quais as atribuições e competências do pedagogo. Há prevalência de cultivar as amarguras da profissão e as lamúrias de rotina desgastante, do que realmente fortalecer a dinâmica de trabalho desse profissional.
Percebe-se que é recorrente no discurso de pedagogos a expressão "apagar incêndio" para ilustrar a rotina de seu trabalho. Há que se considerar que é interessante e necessário haver uma definição adequada para essa expressão, uma vez que muitos pedagogos constituem sua identidade profissional "apagando incêndio", justamente por não conseguirem realizar de fato as atribuições que cabem a ele. Consolida-se desse modo um perfil de pedagogo somente analisando as atividades "apaga incêndio" e isso demonstraria a falta de posicionamento ético e realmente profissional, coerente e adequado. Por isso, junto com respeito e profissionalismo, é fundamental o reconhecimento e o fortalecimento de uma identidade como articuladores dos aspectos pedagógicos e humanos, trazendo clareza à função e dando a devida importância para a atuação no âmbito pedagógico.
Sabe-se que o papel do pedagogo escolar (da equipe pedagógica) é bastante claro e substancial na legislação. Quando se observa nas escolas públicas do Paraná, nota-se a presença do pedagogo em todas elas. E, se perguntar para qualquer diretor sobre a possibilidade de administrar a escola hoje, sem o pedagogo, certamente a resposta seria "não". Pois bem, a reflexão que se torna necessária é: a quem está servindo as ações do pedagogo que não são, a priori, de sua alçada? Afinal, é grande a quantidade de tarefas outorgadas ao pedagogo para as quais não é necessário ter formação em pedagogia para resolvê-las. São as ações "apaga incêndio" que impedem ou dificultam a atuação referendada em posicionamento profissional adequado.
Como se sabe, o trabalho do pedagogo está pautado nos princípios da gestão democrática e participativa, tendo como referencial teórico a ética profissional, a autonomia da escola, a atitude investigativa, a formação continuada e a escola como ambiente educativo. Desse modo, é importante estabelecer no interior da equipe pedagógica, elaborada por todos os seus membros, uma organização do trabalho pedagógico que fortaleça a ação profissional e crítica.
No caso da experiência que ocorre no Colégio Professor Francisco Zardo - Ensino Fundamental, Médio e Profissional, em Curitiba, na qual a equipe é constituída por 10 pedagogos, foi organizado o Plano de Ação da Equipe Pedagógica baseados nos seguintes itens:
1.Construção do projeto político-pedagógico,
2. Implementação do trabalho pedagógico no coletivo da escola (organização do espaço e tempo escolar e da prática pedagógica),
3. Formação continuada do coletivo de profissionais da escola,
4. Relações entre a escola e a comunidade e
5. Avaliação do trabalho pedagógico
A partir dessa organização, as tarefas do cotidiano foram distribuídas entre os membros da equipe, na qual cada pedagogo tornou-se responsável e referência para cada um dos aspectos do Plano. Desse modo, a teorização, análise e planejamento foram articulados com as ações de rotina, “apaga incêndio” e imprevistos.
Enfatizou-se sempre a linguagem em comum e as ações para os 03 turnos da escola e, para manter a unidade de discursos e ações, há reunião semanal, toda terça-feira, das 17h30 às 19h, juntamente com a direção e secretária (que registra em ata), na qual se discutem e se definem as ações da semana e do bimestre. Nesses encontros, ficam definidas ações de Conselho de Classe, Reunião de Pais, eventos da escola, Pautas de encontros pedagógicos com os docentes, partilha de experiências, organização do calendário bimestral, levantamento de soluções para os problemas pontuais, etc. Há uma dinâmica própria do grupo, na qual cada membro assume as responsabilidades e definição sua ação juntamente com seus pares. Desde o ano 2009 essa prática tem contribuído grandemente para fortalecer a identidade e ações dos pedagogos nessa escola.

2. EXPERIÊNCIA E REFLEXÃO

Ao longo dos anos de atuação na rede pública, tenho tido a preocupação de, por meio da minha ação pedagógica, melhorar a escola nos seus aspectos de ensino aprendizagem. Há um discurso recorrente de que a educação pública está péssima (e em alguns pontos tem razão), mas não posso ficar concordando com isso e não fazer nada. Por isso, juntamente com a equipe da qual faço parte, definimos bem onde estamos e aonde queremos chegar, com o fim principal de melhorarmos nossa escola e, consequentemente, nosso ambiente de trabalho.
Temos uma série de desafios e problemas no Colégio Zardo, mas temos conseguido superar muitos deles, dentre os quais os de violência, de drogas, de pichações e de indisciplina (ainda que existam, porém em escala menor que no passado recente). Ainda temos muito que melhorar, e o trabalho sério que temos empenhado tem contribuído para nosso maior entusiasmo para enfrentar a rotina. E é claro, o planejamento e a clareza de ações são a chave para que nosso trabalho seja percebido com o devido valor.
Como na minha escola somos 10 pedagogos, cada um com suas ideias, interesses, posicionamentos, direcionamentos, preferências, nos reunimos semanalmente para reforçar nossa unidade. Para melhorar nossa comunicação, temos o mural dos professores e da pedagogia, os e-mails e um blog, no qual publicamos informações que é para todos: conselho de classe, reunião de pais, atividades com alunos, textos de assuntos da pedagogia, notícias da escola ente outros. O blog é o www.pedagogiazardo.blogspot.com.
Com isso, fortalece-se a certeza de que um trabalho coeso, sério e ético possibilita que nos tornemos agentes ativos na construção de uma escola melhor, na qual todos fazem a sua parte e, somadas, essas partes colaboram para sermos mais felizes no trabalho.
Por fim, sendo o pedagogo escolar o profissional que domina as formas de organização dos conhecimentos constituídos historicamente e possibilita, por sua ação clara e coerente, o acesso à formação cultural e social, então nos resta fortalecer, enquanto equipe pedagógica, a identidade e as ações detalhadamente descritas no Plano de Ação da Equipe Pedagógica da Escola.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Historicamente, o pedagogo sempre buscou seu "lugar ao sol", carecendo ainda de inúmeras ações para realmente provar a que veio. Nota-se, com certa angústia, o quanto o trabalho ainda é fragilizado e fragmentado por perceber que as teorias de organização do trabalho pedagógico ainda são baseadas num modelo ideal de educação, muitos vezes não aterrizando no chão da escola, com todas as suas contradições.
Infelizmente, as dores da prática na escola pública, deixadas de lado por serem senso comum ou simplistas, estão aí, conectadas há anos na pele da pedagogia, sem a devida importância. Por isso, acaba que não realizamos uma função para a qual tem-se a formação, e assume, pouco a pouco, a insensatez da realidade que retrata e reproduz na escola a tragédia social que se vive. Ainda bem que, pelo menos, tem havido espaço para partilha e busca de alternativas para construir realmente uma identidade.
Evidentemente, trabalhar em equipe grande é bem interessante. Há grandes desafios, como estabelecer consensos em determinadas questões e cuidar para que a linguagem em comum aconteça. Afinal, como no Colégio Zardo são 10 pedagogos, sendo também uma multiplicidade de ideias, de interesses, de posicionamentos, de direcionamentos, de preferências, de história e vinculação pessoal com a educação pública. Porém, as discussões e os acordos fazem com que se tenha uma unidade de ação e, assim, torna-se possível organizar tudo para fazer o trabalho pedagógico deslanchar como tem de ser. Os encontros que ocorrem às terças-feiras contribuem muito para isso.
Trabalhar sozinho é bem puxado e desgastante. Mesmo a escola sendo pequena, as obrigações de pedagogo devem ser cumpridas. Sendo sozinho, realmente o trabalho fica bem extenuante; ainda mais se tiver que cumprir outras funções. Acaba sendo um trabalho solitário. E seja como for, é sempre bacana ter por perto um companheiro para trocar ideia e tomar juntos a decisão nalgum caso com aluno, professor, família, etc. Seja como for, vale mesmo a postura clara e o trabalho sério do pedagogo para implementar as melhorias na escola.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PRESENÇA DOS PAIS NA ESCOLA: Atendimento, informação e formação para uma escola melhor

Alexandro Muhlstedt

A importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos tem apresentado um papel importante no desempenho escolar. O diálogo entre a família e a escola, tende a colaborar para um equilíbrio no desempenho escolar, o que é possível considerar que a criança e os pais trazem consigo uma ligação íntima com o desempenho.
Tendo em vista essa premissa, desde 2009, optamos por reorganizar as ações referentes ao atendimento aos pais no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, em Curitiba..
Definimos 4 momentos anuais de encontro entre direção, equipe pedagógica e professores com os pais a fim de repassar informações gerais sobre a escola, "ensinando" pais e responsáveis sobre o funcionamento da escola, desde as regras do cotidiano aos alunos, até aspectos como avaliação da aprendizagem e recuperação de estudos. Ou seja, buscamos colocar os pais a par do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.
Um outro momento definido aos pais é o encontro da Comissão de Pais sobre o PPP, onde pais, de diferentes turmas, discutem e apresentam opiniões sobre os problemas da escola e quais as possíveis intervenções.
Em 2009, iniciamos as pesquisas de coleta de dados, a fim de receber dos pais um feedback de suas percepções sobre a escola e assim, termos subsídios para o melhoramento do atendimento.
Na primeira pesquisa, perguntamos aos pais / responsáveis sobre aquilo que é importante na educação dos seus filhos quais são, na sua opinião, os principais problemas no Colégio. Participaram 458 pais / responsáveis e as respostas foram as seguintes:

Gráfico 1: O que é importante na educação escolar

Gráfico 2: Principais problemas no Colégio Zardo

Na segunda pesquisa, perguntamos sobre os melhores momentos para marcarmos reuniões de pais e responsáveis e qual o papel da escola. Participaram 965 Pais / Responsáveis.
Os dados podem ser observados no gráfico a seguir.
Gráfico 3: Melhor horário de Reunião de Pais

Gráfico 4: Principal função da escola

Na terceira pesquisa, já em 2010, questionamos sobre qual é o problema mais grave e que deve ser combatido pela Equipe Escolar. Participaram 879 Pais / Responsáveis.

Gráfico 5: Problema a ser combatido pela Equipe Escolar

Na quarta pesquisa, ainda em 2010, perguntamos sobre quais ações podem existir na escola para lidar com o problema da indisciplina. A primeira pergunta foi “Que sugestões pode nos oferecer para resolver os problemas de indisciplina, mau comportamento e falta de respeito na turma de seu filho?” E a segunda pergunta foi: “Que ações poderiam ser desenvolvidas aos alunos que continuam a causar problemas (que não cumprem as regras da escola, nem as obrigações de aluno)?”.
Também solicitamos informação sobre o ensino oferecido no Colégio.

Gráfico 6: Opinião sobre o ensino oferecido no Colégio Zardo

Em 2011, na quarta pesquisa, solicitamos informações sobre a saúde dos alunos.
Basicamente, nas reuniões oficiais, uma em cada bimestre, mantemos os pais informados sobre as rotinas da escola e solicitamos suas opiniões a respeito.
Nos momentos pontuais de presença dos pais, temos o atendimento cujos pais foram chamados a comparecer à escola ou que vieram espontaneamente conferir desempenho e rendimento dos seus filhos.
De modo geral, a comunicação dos pais com os professores tem sido incentivada por meio de bilhetes e solicitações na agenda escolar, ou caderno do aluno.
Esse modo, tendo em vista que temos uma comunidade de pais e responsáveis alfabetizados, torna-se mais fácil manter esse tipo de vínculo.
Compreendemos que os pais são os responsáveis legais e morais pela educação dos seus filhos. Parece razoável esperar que pais e professores sejam parceiros, pois querem o melhor para suas crianças: o sucesso escolar. A participação dos pais na escola, acompanhado de regras determinadas previamente em comum acordo, tem se mostrado muito importante. O apoio e a presença, atrelado ao conhecimento de como a escola funciona, colabora para um ambiente mais favorável para a aprendizagem.
Segundo López (2002, p. 75):"[...] a participação dos pais no sistema educacional, como toda participação social equivalente, tem a dupla perspectiva de colaboração e controle. Com a primeira se potencializam os recursos e as ações da escola, enquanto com o controle se estimula a melhora de qualidade da educação escolar."
Assim, baseados nas experiências anteriores, esperamos intensificar as atividades que envolvem pais na escola, a fim de tornar nosso ambiente cada vez mais propício para a construção do conhecimento.
Temos notado que os pais precisam trabalhar, e muito, para que possam atender as necessidades básicas da sua família, entretanto, precisam encontrar tempo livre para dividir com seus filhos, na elucidação de tarefas escolares, no lazer, descobrindo e transformando a personalidade e o caráter dos mesmos. O acompanhamento periódico dos pais na escola é fundamental para as mudanças no processo pedagógico e na cobrança de uma educação de qualidade.
A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Presença que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências. Em outros termos, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando (KALOUSTIAN, 1988).
Para as reuniões de Pais / Responsáveis definimos os procedimentos a serem implementados:
  • Encaminhamento de Comunicado escrito (informando dia, horário, local e assuntos a serem tratados) por meio de alunos. Tal comunicado deve retornar com a assinatura da família, inclusive explicando, no caso de não comparecer, os motivos da ausência.
  • Conferir durante toda a semana, por meio de assinatura dos alunos, o retorno dos comunicados. Garantir que todos os alunos apresentem o protocolo com assinatura da família (via agenda).
  • Levantamento de dados constando a quantidade de comunicados que retornaram, quantos pais comparecerão e quantos não virão e por quais motivos.
  • Definição de pauta comum e organização das salas aonde os pais serão recepcionados, sendo que a reunião serão conduzida pelos professores. Antes, porém, na quadra da escola, por 15 minutos, a Diretora geral dará as boas vindas e reforçará a importância da participação da família na vida escolar, bem como solicitar a adesão dos pais para auxiliar na melhoria do espaço escolar.
  • A pauta é composta por assuntos gerais, priorizando aqueles que explicam o funcionamento da escola: as regras gerais, o sistema de avaliação, a metodologia, as atividades previstas, etc. Evita-se “dar bronca” nos pais, fazer “jogo de culpa”, expor alunos, insistir no que ocorre de negativo.
  • Solicitar sugestões e opiniões dos pais, anotando o que for dito.
  • A realização, na sequência, do encontro dos professores e pedagogos tem como objetivo socializar e organizar as “falas” dos pais”. A partir daí, se estabelece o termômetro de pontos de vistas, opiniões e olhares dados pelas famílias àquilo que seus filhos estão vivenciando.
  • Implementação de questionário ao pais, perguntando sobre ensino, aprendizagem, educação e comportamento.
  • Tabulação dos dados e elaboração de gráficos a partir das respostas dos pais.
  • Reuniões para orientar sobre matrícula, Estatuto da Criança e do Adolescente - artigo 53.
  • Encontro, no turno da noite, para orientações sobre Estatuto da Criança e do Adolescente – artigo 129, atividades de último bimestre e entrega de boletins.
  • Encontro com os pais, no início do terceiro bimestre, onde Pais / Responsáveis e Alunos que não tenham obtido bons resultados nos 1º e 2º bimestres participam juntos de orientações para melhoria de desempenho e rendimento. Ao final do encontro, escrevem Termo de Compromisso e quais ações ocorrerão para a melhoria acontecer. Pais assumem o dever de acompanhar seus filhos, mediante comunicado por escrito, via agenda, com os professores das disciplinas de menor rendimento.
  • Aproximações e relacionamento com os pais em todos os momentos da escola, comunicando-se por meio de telefonemas e bilhetes escritos na agenda do aluno. Por isso, a organização de lista com números de telefones para comunicação com a família.
Com todas essas estratégias, pretendemos implementar cada vez mais, de modo organizado e claro, tanto o atendimentos e quanto as reuniões de Pais / Responsáveis.
Acreditamos que a parceria, uma vez estabelecida, reflete num maior empenho e envolvimento dos Pais / Responsáveis na educação escolar d seus filhos, nossos alunos.
Finalmente, na relação família / escola, um sujeito sempre espera algo do outro. E para que isto de fato ocorra é preciso que sejamos capazes de construir de modo coletivo uma relação de diálogo mútuo, onde cada parte envolvida tenha o seu momento de fala, onde exista uma efetiva troca de saberes. A construção dessa relação implica em uma capacidade de comunicação que exige a compreensão da mensagem que o outro quer transmitir, e para tanto, se faz necessário, a competência e o desejo de escutar o que está sendo expresso, bem como a flexibilidade para apreender ideias e valores que podem ser diferentes dos nossos.
Por parte da escola: respeito pelos conhecimentos e valores que as famílias possuem, evitando qualquer tipo de preconceito e favorecendo a participação dos componentes da instituição familiar em diferentes oportunidades, estimulando o diálogo com os pais e possibilitando-lhes, também, obter um ganho enquanto sujeitos interessados em evoluir e se aperfeiçoar e como seres humanos e cidadãos compromissados com a transformação da realidade.

Referências Bibliográficas

COLÉGIO ZARDO. Projeto Político Pedagógico, Curitiba: 2009.
GOKHALE, S. D. A família desaparecerá? In Revista Debates Sociais nº 30, ano XVI. Rio de Janeiro, CBSSIS, 1980
KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família brasileira, a base de tudo. São Paulo: Cortez;
Brasília, DF: UNICEF, 1988.
LÓPEZ, J. S. Educação na família e na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2002.