Alexandro
Muhlstedt
INTRODUÇÃO
A Semana Pedagógica é
uma atividade prevista no calendário escolar de todas as escolas da
rede estadual do Paraná e ocorre uma no mês de fevereiro e a outra
em julho, na qual equipe diretiva e pedagógica, professor e
funcionários se encontram para estudos e reflexões.
Nos
dias 19
e 20 de julho de 2012 foi realizada
no Colégio Estadual Professor Francisco Zardo, de Curitiba, a Semana
Pedagógica na qual discutiu-se o tema Indisciplina Escolar. A
decisão por este tema ocorreu na Semana Pedagógica de fevereiro,
tendo em vista inúmeros casos relatados no ano anterior. No mês de
maio, em Reunião Pedagógica da escola, um conjunto de estudos e
reflexões o tema foi também abordado, sendo que em julho ocorreu
uma espécie de continuidade e aprofundamento, na busca por
alternativas e ações com intuito de reduzir as ocorrências de
indisciplina no cotidiano da escola.
Para isso, a Equipe
Pedagógica da escola elaborou um projeto de estudos com um rol de
textos e atividades a ser implementado na escola. Tal projeto foi
encaminhado ao Núcleo Regional de Educação, que o aprovou sem
ressalvas. Com isso, foi possível desenvolver um conjunto de
reflexões tendo em vista a compreensão mais apurada do fenômeno
indisciplina e as possíveis alternativas de intervenção no mesmo.
1. Compreendendo a
problemática
Atualmente, a
indisciplina na sala de aula tem gerado muitos conflitos entre
professores e alunos e também comunidade, de tal forma que boa parte
do tempo escolar acaba sendo utilizado para conter comportamentos
desviantes e desafiantes, do que promovendo o ensino aprendizagem de
conteúdos historicamente constituídos pela humanidade (definidos na
Proposta Pedagógica Curricular da escola).
Tiba (1998) entende por
indisciplina o aluno que traz de casa a falta de limites não
estipulados pelos pais e excedem em sala de aula. A falta de regras
objetivas por parte da instituição escolar favorece o abuso por
parte dos alunos e expõem o professor. Para Aquino (1996) o assunto
é complexo, há uma linha tênue entre indisciplina e violência,
envolvendo professores, orientadores, diretores, pais e os próprios
alunos, o problema em geral é tratado de maneira imediatista sem o
circunstanciamento conceitual necessário. Segundo Antunes (1995), a
sala de aula é e sempre foi um espaço que expressa continuidade da
vida, reflexo do entorno. Se assim não for, não será sala de aula
verdadeira, não permitirá que o aluno contextualize em sua
existência os saberes que ali aprende, a sala de aula é um reflexo
da sociedade.
Diante desta realidade
verifica-se a importância de obras que expressem a natureza da
indisciplina e apontam soluções de forma que oriente professores e
profissionais da área educacional a conviver e a transformar esta
verdade existente no cotidiano da vida escolar.
Nota-se que, hoje,
predominam diversos termos de indisciplina envolvendo os alunos.
Ninguém nasce rebelde ou indisciplinado, trata-se de um
comportamento construído. A indisciplina em sala de aula é um
pálido reflexo de uma indisciplina social.
As formas explícitas da
indisciplina foram as mais evidenciadas, principalmente por meio de
brincadeiras, palavrões, empurrões, provocações, brigas e outros.
Podem ser percebidas igualmente na forma de violência implícita nas
relações interpessoais aluno / aluno; aluno / professor;
funcionário / aluno e nas condições de trabalho. No cotidiano da
escola é comum observar que a forma como alguns professores tratam
os alunos também é responsável pela perda de controle da turma e
geração da indisciplina por parte de alunos, e, em alguns casos,
por toda a turma. Alguns professores se colocam no mesmo patamar aos
alunos no vocabulário, na postura e na falta de respeito também. É
lamentável, mas isso acontece e necessita de maior compreensão,
pois entre os próprios professores existe um descontentamento na
forma de tratar os alunos. Se quem está a frente na condução do
processo educativo não mudar alguns conceitos de tratamento,
certamente a tendência é piorar. É possível fazer a diferença
dentro da sala de aula e na escola, se cada professor assumir seu
lugar de regente de classe e de educador com pleno domínio dos
conteúdos e no tratamento humanitário e maduro como deve ser entre
colegas e com os alunos.
Em virtude de presenciar
tantos casos de indisciplina na sala de aula, e fora dela, o tema foi
escolhido (por meio de pesquisa com o grupo de professores) em razão
da necessidade de uma reflexão mais apurada e uma interação mais
detalhada sobre esse problema tão comum e complexo em nossa escola,
bem como a necessidade de elaborar alternativas de ação para
enfrentar o problema.
O trabalho desenvolvido
busca analisar criteriosamente fatores, causas, consequências e
efeitos decorrentes dos comportamentos dos alunos. Também, levar em
consideração os aspectos de ensino (por parte do professor) que
provocam indisciplina e mal estar na sala de aula.
Motivados para
desenvolver o estudo dos textos e a aplicação de atividades
dinâmicas e interativas, a Equipe Pedagógica, em trabalho coletivo,
buscou formas de concretizar um processo reflexivo bem focados no
cotidiano, aprofundando a consciência do problema e buscando
alternativas para solucionar ou, pelo menos, minimizar a problemática
da indisciplina em sala de aula.
2. Estabelecendo
objetivos
2.1. Objetivo Geral
Aprofundar estudos sobre
a indisciplina e comportamentos desviantes dos alunos, buscando
compreender causas e efeitos desses em sala de aula, analisando e
elaborando ações para amenizar tais problemas.
2.2. Objetivos
Específicos
Estudar textos sobre
indisciplina, de diferentes autores, interpretando-os a luz da
realidade do Colégio Francisco Zardo, buscando teorizar a prática.
Analisar os diferentes
conceitos de disciplina escolar e fatores que interferem, elaborando,
coletivamente, o conceito, discutindo posturas e atitudes que devem
ser adotadas, que agreguem a realidade do Colégio Francisco Zardo.
Compreender os aspetos
dos comportamentos escolares da criança e do adolescente a fim de
corrigir problemas disciplinares.
Refletir sobre as causas
que levam os alunos a tornarem-se indisciplinados na sala de aula,
verificando o processo de ensino-aprendizagem e propondo atividades
em que os alunos aprendam a noção de limite e corrijam
comportamentos desviantes.
Escrever texto sobre
ações docentes para melhorar os níveis disciplinares dos alunos do
Colégio Francisco Zardo, publicando-os no blog da pedagogia.
3. Fundamentando os
elementos teóricos
O aprofundamento teórico,
à luz da prática, foi realizado envolvento os professores de todas
as disciplinas e turnos do Colégio Francisco Zardo. As experiências
vividas no cotidiano dera,. De algum modo, subsídios para uma
reflexão e indagação sobre o tema indisciplina na sala de aula. É
necessário salientar que o problema da indisciplina na escola é
grave e angustiante. "O que fazer?" é a pergunta que
muitos se colocam, entendemos que a primeira questão a ser
enfrentada é a da postura face ao problema: superar as tradicionais
formas de acusação, escapismos ou transferências de
responsabilidades. É preciso que o professor se coloque na condição
de sujeito. Ou seja, assumir não sendo absolutamente a única fonte
do problema, nem, o único envolvido, tem uma responsabilidade diante
dele.
Segundo Tânia Zagury
(2002. p. 18), quando há relacionamento afetuoso, qualquer caso pode
ser revertido em pouco tempo. O professor como intelectual não pode
ficar no nível do senso comum de mera constatação dos fatos,
precisa ir a raiz do problema, compreender suas múltiplas e
complexas causas, a fim de poder assumir a parte que lhe cabe, se
articular com outros segmentos compreendidos; ajudar na tomada de
decisões e consciência e no assumir responsabilidades dos demais
setores implicados (sensibilizarão, denuncia, pressão etc.); se
envolver na luta pela mudança das estruturas maiores que geram os
problemas (na sociedade, no sistema de ensino na escola).
A
palavra disciplina deriva do latim discere
e significa aprender, discípulo. Segundo Mendes apud Marcomini
(2001), “o conceito de disciplina decorre de uma determinada
concepção de criança, de adulto e de relações adulto-criança.
Em síntese, decorre da concepção de Homem, de Sociedade e de Saber
que se assume” (p. 4). Neste enfoque, considerar perspectivas de
homem, sociedade e saber, é imprescindível para compreender a
problemática que, com relevância, acrescenta-se na sociedade
capitalista, em que as relações sociais são permeadas pelos
interesses do capital e resultam em conflitos e contradições que se
evidenciam na constituição do saber e das relações na escola.
Para
Magalhães (1989, p. 40), a “indisciplina não se define por si, a
mesma surge como a negação de qualquer coisa, seja essa coisa norma
ou padrão socialmente aceito ou regra arbitrariamente imposta”. O
indivíduo opõe-se às normas sociais que estão presentes em seu
cotidiano, e, no ato de opor-se a tais regras, o mesmo pode
demonstrar atitudes de desrespeito e agitação, que podem acarretar
em uma queda da qualidade de uma determinada atividade em
desenvolvimento. Um exemplo claro disso, aplicado ao
ensino-aprendizagem, é a rejeição ou a não concordância com o
método de ensino do professor, ou com os conteúdos (por exemplo),
que aparece como indisciplina.
Em torno dessa
problemática, pesquisas atribuem as causas a diversos fatores, tais
como: o reflexo de pobreza e da violência; problemas no seu ambiente
social; pais desinteressados com os filhos; a idade do aluno que
interfere; ou o professor que é culpado.
É imprescindível
compreender que o indivíduo se desenvolve segundo sua internalização
social, sua cultura. Portanto, a indisciplina e a disciplina são
apreendidas.
Sendo assim, a família
exerce grande influência sobre o comportamento de indisciplina ou
disciplina na criança, já que é a primeira forma de socialização
do indivíduo, onde ocorre o repasse de cultura e de valores.
Seguindo a linha de pensamento de Vygotsky apud Aquino (1996), o
indivíduo se desenvolve conforme o meio, no qual, o ambiente
familiar e social estrutura o comportamento do sujeito.
No
enfoque dado ao contexto familiar, Moreno e Cubero apud Aquino (1996)
identificaram três estilos de pais. Os pais
autoritários,
que são aqueles pouco comunicativos e muito rígidos, que exigem
muito dos filhos, impõem regras, normas, e as crianças devem
cumpri-las sem questionar. Utilizam-se ainda de ameaças, castigos
físicos e retiram coisas que as crianças gostam, deixando-as, por
exemplo, sem brincar. Os pais
permissivos
são o contrário, valorizam muito o diálogo, são afetivos, escutam
a opinião das crianças, porém não conseguem dar limites, não são
capazes de estabelecer regras às atitudes das crianças, deixando
que as mesmas façam o que querem, não cobrando responsabilidade. O
coerente é que se tenha um equilíbrio. Ser pai é ter autoridade,
dispor de regras, limites, fazer com que o filho tenha uma disciplina
em sua vida, mas também é ser amoroso e compreensivo. Os pais
democráticos
parecem conseguir esse equilíbrio. Estes são comunicativos,
afetivos, estimulam as crianças a darem sua opinião. Contudo,
estabelecem regras e limites, explicam os motivos, conseguindo assim,
disciplina por parte das crianças.
Cada tipo de pai
influencia no comportamento dos filhos. Os alunos cujos pais são
autoritários, normalmente costumam ser obedientes, tímidas, com
baixa autoestima e pouca autonomia, fazem as coisas que lhe são
impostas sem reclamações, pois querem receber elogios ou não
castigos. Os filhos de pais permissivos são mais alegres, contudo
geralmente são imaturos, têm dificuldade de assumir
responsabilidade, pois quase nunca tiveram limites, porque os pais
têm pouco controle sobre eles. Os filhos de pais democráticos, por
sua vez, frequentemente têm autocontrole, autoestima, iniciativa e
facilidade de se relacionar.
O sujeito aprende muito
com a família, mas isso não quer dizer que não pode aprender
também em situações e contextos fora dela. A sociedade em geral, e
os espaços frequentados pela criança, embora com especificidade
diferente da escola, também ensinam.
4. Definindo os
procedimentos metodológicos a seguir
Para um estudo abrangente
e de suma importância para o grupo de professores do Colégio
Francisco Zardo, optou-se pela reflexão e indagação sobre o tema
indisciplina na sala de aula, evidenciando pontos relevantes do tema
abordado.
É necessário salientar
que o problema da indisciplina na escola é grave e angustiante. Traz
inúmeros malefícios no processo ensino aprendizagem.
O professor como
intelectual não pode ficar no nível do senso comum de mera
constatação dos fatos, precisa ir até a raiz do problema,
compreender suas múltiplas e complexas causas, a fim de poder
assumir a parte que lhe cabe, articular-se com outros segmentos e
profissionais da escola; ajudar na tomada de decisões e consciência
e no assumir responsabilidades dos demais setores implicados
(sensibilizarão, denúncia, pressão etc.); se envolver na luta pela
mudança das estruturas maiores que geram os problemas (na sociedade,
no sistema de ensino na escola).
Há necessidade de mudar.
E a mudança ocorre pela conscientização e busca da transformação
de conceitos para atitudes positivamente aceitas.
Utilizaremos
procedimentos de leitura de textos e estudos, atividades individuais
e em grupo, fazendo o levantamento dos problemas de indisciplina e
realizando a previsão de ações pedagógicas para o enfrentamento e
busca de soluções eficientes. Ao final de cada turno, haverá
avaliação.
Organizou
também um cronograma para o desenvolvimento do projeto nos três
turnos, sendo que os horários definidos foram: de
manhã das 8 às 12h, à tarde das 13h30 às 17h30 e à noite das
18h30 às 22h30. A Equipe optou por desenvolver as atividades nos
três turnos da escola tendo em vista que
há professores que participam da Semana Pedagógica só de manhã,
só a tarde ou só a noite; outros que realizam as atividades de
manhã e tarde, tarde e noite ou manhã e noite em razão de terem
outras atividades profissionais (como é o caso dos professores dos
cursos técnicos, que atuam em escolas municipais ou em instituições
de ensino privado). Com essa estratégia, possibilitamos atingir a
todos os profissionais, de acordo com a necessidade de cada um.
Assim, a Equipe se organizou para que em todos os turnos houvesse a
presença de pedagogos para a condução adequada das atividades.
Observou-se também que cada turno tivesse atividades independentes,
embora conectadas pelos objetivos do estudo.
5. Sistematizando as
etapas do estudo
Para concretizar os
caminhos do trabalho, a Equipe Pedagógica sistematizou as ideias e
propostas de atividades da seguinte forma:
1. Estudo bibliográfico
e aprofundamento teórico sobre indisciplina escolar.
2.
Levantamento
dos fatos e ocorrências que demonstram comportamentos desafiantes e
de incivilidade dos alunos (construção da árvore da indisciplina).
Árvore da
Indisciplina
Aos professores será
solicitado que escrevam, em papeletas anteriormente preparadas, todos
os problemas de disciplina em sala de aula. As papeletas serão
colocadas em painel, e analisadas posteriormente.
3. Análise dos aspectos
levantados e discussão sobre as causas de tais comportamentos, de
acordo com as teorias anteriormente estudadas.
4. Definição de ações
docentes para corrigir problemas disciplinares dos alunos.
5. Produção de texto
pelo grupo, como forma de avaliar o estudo realizado, e publicação
do mesmo no blog da pedagogia.
6. Organizando o
Calendário das atividades
Para que cada turno
tivesse uma organização de atividades adequada ao tempo estipulado,
foi elaborado um quadro, separado por turnos, no qual consta as
temáticas de cada turno. Com isso, ficou fácil visualizar e dividir
as tarefas entre os membros da equipe.
19
de julho
MANHÃ
|
TARDE
|
NOITE
|
Boas
vindas (Direção)
Explanação
da pauta e atividades por turno
Estudo
textual: Conceitos
de Disciplina e Indisciplina
Em
grupos, levantamento de ocorrências de comportamentos desviantes
dos alunos (Árvore da Indisciplina)
Elaboração
individual de mapa mental no Caderno de Memórias
|
Boas
vindas (Direção)
Explanação
da pauta e atividades por turno
Estudo
de texto: Violência,
Agressão e Indisciplina
Em
grupos, levantamento das causas de comportamentos desviantes dos
alunos (de acordo com a Árvore da Indisciplina)
Elaboração
individual de mapa mental
|
Boas
vindas (Direção)
Explanação
da pauta e atividades por turno
Estudo
de texto: Indisciplina
em sala de aula
Em
grupos, definição de ações para as ocorrências de
indisciplina na escola, de acordo com suas causas (Árvore da
Indisciplina)
Elaboração
individual de mapa mental
|
20
de julho
MANHÃ
|
TARDE
|
NOITE
|
Estudo
de texto: As
ações para prevenção de problemas disciplinares
Produção
individual de texto sobre Indisciplina e disciplina em sala de
aula (digitação e publicação no blog da pedagogia)
Elaboração
individual de mapa mental no Caderno de Memórias
|
Estudo
de texto: Resolução
de problemas: alternativas
Produção
individual de texto sobre Indisciplina e disciplina em sala de
aula (digitação e publicação no blog da pedagogia)
ou
Seleção
de ações dos professores para sanar problemas disciplinares em
sala de aula (troca de experiências).
Elaboração
individual de mapa mental no Caderno de Memórias
|
Estudo
de texto: Administração
de conflitos em sala de aula
Produção
individual de texto sobre Indisciplina e disciplina em sala de
aula (digitação e publicação no blog da pedagogia)
ou
Troca
de experiências e elaboração de cronograma de atividades dos
cursos técnicos.
Elaboração
individual de mapa mental no Caderno de Memórias
|
7. Avaliando o caminho
percorrido
O trabalho será avaliado
por meio da elaboração individual de Mapas Mentais no Caderno de
Memórias (ao final de cada turno).
Caderno de Memórias
é uma estratégia adotada no Colégio Zardo na qual cada professor
possui um caderno aonde anota informações abordadas nos encontros e
reuniões pedagógicas.
O Mapa
Mental
é uma forma de registro no qual o professor seleciona palavra chave
da discussão que foi encerrada e, ao redor dela, escreve outras
palavras ou desenhos como forma sintética de registrar o assunto.
Uso do laboratório de
informática para digitação de texto reflexivo sobre Indisciplina
em sala de aula.
Elaboração coletiva de
regras a serem seguidas por todos para conter procedimentos e
comportamentos indisciplinados dos alunos.
Preenchimento de
questionário sobre as atividades da semana, avaliando o que foi
realizado.
8. Apresentando o
relatório do trabalho
No
dia 19 de julho, no período da manhã às 8h iniciamos a Semana
Pedagógica de julho. As mesas do ambiente foram organizadas em forma
de "U" para que todos consigam se enxergar e também para
facilitar os registros dos professores. Os Cadernos de Memórias são
distribuídos a todos os que tinham deixado na escola.
Professores
e pedagogos, animados, realizam os cumprimentos iniciais e relatam o
que fizeram durante os 15 dias de recesso escolar. A Diretora Geral
Naterci de Souza dá as boas vindas a todos e agradece a todos,
especialmente pelo empenho na Gincana Cultural e Festa Junina,
reforçando seus princípios de trabalho sério e competente para
melhoria cada vez maior no ambiente escolar. Após, a Pedagoga Marcia
Lima explicou a pauta da semana pedagógica, explicitando detalhes
sobre as atividades a serem desenvolvidas. A Pedagoga Michele Paitra
realizou a primeira palestra do dia, explorando os conceitos de
“Disciplina e Indisciplina”.
Os
pedagogos Alex Muhlstedt e Dilene Stival organizaram o grupo para
realizar o registro no Caderno de Memórias, em forma de Mapa Mental.
Sendo que sobre isso o professor Marcos Gomes, Filosofia, foi
convidado a explicar o conceito. O grupo realizou o registro e em
seguida o pedagogo Alex Muhlstedt orientou a discussão para
construção da "Árvore da Indisciplina".
No
período da tarde a abertura dos trabalhos foi feita pela Diretora
Geral Naterci de Souza Schiavinato e a pedagoga Marcia Lima
apresentou os slides com fotos dos professores na Gincana, chamando a
atenção para o importante papel desempenhado pelos docentes.
Teve a
presença da pedagoga Maria Cristina Stival, que está em licença
para realização de seu Doutorado, mas compareceu para apresentação
aos docentes sobre Violência. A pedagoga expôs a temática,
debatendo as variáveis e vivência dos grupo. Ao final, propôs, por
meia da técnica do teatro do oprimido, a dramatização de fatos
reais, coletados de jornais, de situações que envolvem violência
escolar.
Foi uma atividade rica, produtiva e reflexiva em todos os sentidos.
Foi uma atividade rica, produtiva e reflexiva em todos os sentidos.
No
período noturno, os professores deram continuidade aos trabalhos.
As pedagogas Dilene Stival, Ivani Kyntj e Vanessa Nickel conduziram os trabalhos, orientando os professores para construírem soluções aos problemas levantadas na "Árvore da Indisciplina" organizada pelo grupo da manhã. Os professores então construíram a "Árvore da Disciplina".
As pedagogas Dilene Stival, Ivani Kyntj e Vanessa Nickel conduziram os trabalhos, orientando os professores para construírem soluções aos problemas levantadas na "Árvore da Indisciplina" organizada pelo grupo da manhã. Os professores então construíram a "Árvore da Disciplina".
No dia 20
de julho, sexta-feira,
pela manhã, os trabalhos iniciaram-se com as palavras de boas vindas
da Diretora Naterci de Souza Schiavinato. Em seguida, os trabalhos
foram foram conduzidos pela pedagoga Fabiola Budel que apresentou
reflexão e discussão sobre as ações a serem implementadas nos
casos de indisciplina e mau comportamento dos alunos.
Quando
as reflexões foram concluídas, o grupo seguiu até o pátio da
escola para o fechamento dos trabalhos. Encerrando as atividades da
manhã, o grupo foi orientado a usar os equipamentos dos laboratórios
de Informática para postarem comentários no blog da pedagogia sobre
questões da Indisciplina.
No
turno da tarde as atividades foram coordenadas pela Pedagoga Simone
Grachicki. A reflexão também foi em torno de ações em casos de
indisciplina e os professores foram provocados a analisarem casos de
mau comportamento discente.
No
período da noite a pedagoga Dilene Stival coordenou as atividades
apresentando possibilidades de ações nas indisciplinas.
9. Expressando as
opiniões e percepções dos participantes
Como
parte da Avaliação da Semana Pedagógica ocorrida em 19 e 20 de
julho registra-se a seguir alguns comentários dos professores. Esses
comentários sintetizam as principais questões percebidas pelos
docentes sobre a Indisciplina Escolar e
estão postados no Blog da Equipe: www.pedagogiazardo.blogspot.com.
Estes
dois dias foram de grande proveito pois foram tratados todos os eixos
que geram indisciplina, no dia de hoje o destaque foram as regras não
somente para os alunos mas para todo o corpo docente, uma vez que a
regra deve ser a mesma em todas as disciplinas para que ocorram
mudanças positivas, outro tópico interessante são a forma que as
aulas são disponibilizadas aos alunos, nao devemos somente utilizar
a tecnologia mas devemos sim utilizar coisas simples e fazer algo
novo como por exemplo uma aula fora da sala de aula com textos que
despertem o interesse do aluno.
Professora
Cristiane - Ed. Fisica
Parabenizando
a Equipe responsável pela organização, comprometimento e
dedicação. As atividades dinâmicas permitiram relacionar teoria
com a prática.
Débora
Queiroz – Representante do Setor
Nestes
2 dias o tema principal foi a indisciplina, muito foi debatido,
experiências foram relatadas e algumas possíveis soluções
apresentadas. Refletimos sobre as causas que estão presentes na
nossa escola e percebemos que conhecendo a história de vida dos
nossos alunos, conseguiremos organizar melhor o dia a dia em sala,
pois alunos motivados participarão melhor das atividades,
colaborarão com sua realização e não sobrará tempo para
indisciplina.
Prof
Carmen e Prof Patricia - Inglês
Toda
travessia é cheia de esperança. Ver que a gestão da sala de aula é
uma ação possível
a partir da ação planejada, organizada, onde se alcançam metas a
partir de consensos, bom senso, cumprimento de regras e
estabelecimento de limites claros, nos ajuda na caminhada. Ser claros
no que queremos, comunicar-nos com uma linguajem mais próxima à dos
estudantes com quem trabalhamos, com abertura às suas inquietações
e em maior sintonia com o universo infanto-juvenil, ajuda e melhora
nossa assertividade. Este semestre, com certeza, será ainda mais
frutuoso e produtivo que o anterior. Parabéns à equipe pedagógica
que nos proporcionou estes momentos de partilha e reflexão.
Prof.
Mario Canisio - CELEM – Espanhol
Esta
Semana Pedagógica, após muito tempo permitiu que se tratasse de
questões próprias do Colégio com debates e dinâmicas. Desta forma
pudemos realizar trocas de experiências e idéias para o retorno.
Foi bastante positiva estas interações, espero que as próximas
venham neste mesmo formato em prol das melhorias da realidade do
nosso Colégio e Comunidade Escolar.
Professor
Cassio Trevisan – Ed. Física
A
Semana pedagógica foi sem dúvida foi muito proveitosa, pois
discutimos um assunto que nos é pertinente, ou seja, vemos e
convivemos com a indisciplina praticamente todos os dias,porém o
trabalho feito nesses dois dias nos ajudou a perceber que todos
estamos no mesmo barco, mas não devemos desistir e sim ajudarmos uns
aos outros da melhor forma possível.
Marta Afornali – Língua Portuguesa
Marta Afornali – Língua Portuguesa
A
semana pedagógica foi produtiva, pois nos fez relambrar várias
questões sobre a organização da escola no Brasil e a disciplina na
escola. Nos momentos em que participei (Palestra Cris e
Fabiola)recordamos fatos que são importantes para desenvolver e
organizarmos nossas aulas e ações em sala de aula, fazendo com que
haja mais qualidade. A forma com os assuntos foram trabalhados também
foram agradáveis não ficando cansativas.
Andreia
– Biologia
O
assunto tratado nessa semana foi muito interessante e proveitoso para
os professores, pois, esse tema é relevante para todos.
Elias
- Física
A
indisciplina não é um “processo isolado”,pode ser considerada
como um reflexo da desestruturação social e familiar dos cidadãos,
a qual repercute de maneira direta nas ações escolares. A ausencia
de valores como o respeito, a educação propriamente dita, os
limites de convivência
e outros, advindos com os alunos, são fatores que dificultam as
ações pedagógicas expressados pelos alunos, através de sua
própria imaturidade, da própria indisciplina apresentada, do
desinteresse, da falta de objetivos concretos, da desmotivação e
também por não sentirem que a escola seja um local com condições
" atrativas" ao que uma grande maioria almeja; visto que
outras tecnologias como a internet, músicas, vídeos sobre outros
assuntos tornam-se mais interessantes. Apesar de que, segundo nossa
avaliação a indisciplina não é o maior problema que enfrentamos
neste estabelecicmento de ensino, pois, a falta de interesse e
objetivos de uma parcela dos alunos são fatores mais relevantes.
Professores
Claudio José Budel- Geografia
e Gilmara
Raquel Trombetta - Biologia
A
capacitação é muito importante, pois nos ajuda a perceber que o
problema é coletivo, as discussões e reflexões nos ajudam a
acalmar a nossa ansiedade em relação ao tema proposto e nos mostram
que podemos ter novas atitudes e perspectivas sobre o
assunto.
Rosalia M. P. Antunes - Língua Portuguesa
Rosalia M. P. Antunes - Língua Portuguesa
Estes
dois dias foram muito bem organizados e de grande proveito e nos
fizeram refletir sobre indisciplina, suas formas e causas.O que se
tira de tudo isto é que devemos nos aproximar mais dos nossos alunos
para que nossas aulas se tornem dinamicas e com melhores
resultados,isto é, devemos motivar mais nossos alunos para com isso
diminuir a indisciplina em sala.
Tatiana
- Física
A
semana pedagógica teve como tema principal a Disciplina e a
Indisciplina, algo que vivenciamos em nosso cotidiano. Tanto na
escola como na sociedade. Discutimos sobre o tema e percebemos que
ele atinge a todos, relatamos nossas experiências e sentimos que é
algo preocupante. Mas que juntos (família, escola, autoridades e
sociedade em geral) podemos e devemos intervir, para que mais tarde
não tenhamos situações mais agravantes e que fogem ainda mais de
nosso controle.
Ana
Paula (História e Ensino Religioso) e Elza (Matemática)
O
ensino do Docente está centrado em desafios que muitas vezes nos
trazem barreiras a serem vencidas no dia a dia do trabalho. Isto nos
proporciona buscar mecanismos planejados, organizados na nossa
organização diária que muitas vezes parece não ter solução.
Estes momentos é que nos inpulsionam para mostrarmos que a nossa
Educação tem solução e que precisamos agir em conjunto nas
dificuldades; pois estas, são reforçadas com a união e interação
conjunta de toda a atuação da e na Escola para buscar produzir
resultados mais próximos de um ideal de sociedade mais justa e
igualitária.
Jorge
- Informática
Em
nossa Reunião Pedagógica desta semana, tivemos oportunidade de
refletir sobre a questão da disciplina e da indisciplina. Celso
Antunes, Celso Vasconcellos, Içami Tiba e outros foram utilizados
para embasar as reflexões.Constatamos sobretudo, que a disciplina é
fundamental para que haja um processo de ensino aprendizagem
eficiente. Neste processo todos estão envolvidos: pais ou
responsáveis, a sociedade e seus valores,a escola, o educando e
sobretudo o professor. A sua conduta, o seu empenho, sua
desenvoltura, organização pessoal, planejamento e criatividade são
referências para que este processo transcorra de forma positiva.
Euclides
- Geografia
Uma
semana muito enriquecedora, pois proporcionou a todos os professores,
direção e equipe pedagógica, uma grande interação e troca de
ideias. Tivemos uma condução muito interessante dos pedagogos que,
escapando do lugar comum, introduziram um trabalho diferenciado, onde
a participação foi total. Tivemos uma grande oportunidade de
repensarmos nossas práticas pedagógicas e principalmente,
entendermos e clarificarmos conceitos como disciplina e indisciplina.
Faço votos que os próximos encontros sejam cada vez melhores e
desejo um grande semestre a todos os colegas.
Profº
Marcos Gomes - Filosofia
Foi
excelente poder participar destes dois dias aqui no Colégio
Zardo.Rever colegas poder acompanhar os temas que foram perfeitamente
abordados.O dialogar ouvir e principalmente respeitar o próximo não
é algo ultrapassado,ainda está em moda,pois a polifonia fazem
nossos atos serem repensados e reavaliados.Parabéns a toda equipe
que fez estes dias ficassem com o gosto de quero mais.Obrigada.
Professora
Marilei Quint Seronato - Língua Portuguesa
Com
relação a semana pedagógica do mês de julho gostei muito porque
abordou os problemas que vivenciamos no dia a dia na escola
repensando. Claro que verificamos que a mídia ainda detém um poder
muito grande com relação a nossa sociedade ainda precisamos formar
cidadãos conscientes e críticos que percebam as diferenças as
quais estão vivendo na sociedade isto a longo prazo já que para
amadurecer as idéias precisamos sempre estar batendo na mesma tecla
porque estamos vivendo numa sociedade com muita rotatividade de
pessoas e tecnologias e através destes motivos faremos ajustes com
relação aos valores humanos que acreditamos ser adequado neste
momento em que vivemos. É óbvio que é difícil mas a perseverança
e a esperança nos ajudaram a permanecer firmes neste intuito que se
chama educação. Estamos vivendo numa sociedade que exige rapidez a
todo momento acabamos nos influenciamos deixando de resolver tudo com
muita calma, temos que repensar para não nos tornamos menos
pensantes e críticos como gostaríamos de ser e estamos batalhando
para isto. O que tenho percebido que a todo momento temos que estar
resolvendo todos os problemas que estão acontecendo na sala e assim
sempre estamos usando o bom senso e diálogo surtindo efeitos que
compensam nossa missão de educadores nesta sociedade e gratificados
ou honrados nesta profissão.
Professora
Sonia Regina Trevizan Pereira
O
trabalho pedagógico foi muito revevante nas questões levantadas,
planejado com objetividade e pontualidade.Demonstrando o respeito que
a equipe tem com os professores.
Marion
Ribeiro
– Biologia
e Ciências
Percebe-se
que a grande causa da indisciplina está ligada à família, ou
melhor, a ausência dela, visto que a desestruturação familiar gera
a falta de valores que contribuem para o processo de compreensão e a
prática da disciplina. O desrespeito é o grande pilar da questão
escolar, e este desrespeito é gerado pela falta de um determinado
valor humano – o respeito. Assim, retorna-se aqui à questão
social proveniente da desestruturação familiar, causando a falta de
valores presente na sociedade atual. Sendo assim, percebe-se que a
família tem o papel principal na questão da disciplina e isto é
percebido, claramente, no cotidiano escolar, onde alunos
disciplinados, geralmente, possuem famílias estruturadas, já os
alunos indisciplinados não.
Débora
- Matemática
A
questão “indisciplina” começa na estrutura da família com a
ausência dos pais levando na maioria das vezes à falta de limites,
regras,valores,... e vem desencadear na escola que muitas vezes não
é organizada para receber esse aluno. Felizmente em nossa “escola”
estamos nos organizando e tentando trabalhar em sintonia para que
possamos de forma harmoniosa tentar resolver as questões de
indisciplina. Nestes dois dias, o trabalho foi muito produtivo,
porque pudemos dinamizar, comentar, discutir, expor nossas opiniões,
divergir, enfim produzir coletivamente. Muitos desafios ainda teremos
que enfrentar e só com a união do coletivo poderemos quem sabe a
longo prazo vencer o maior deles e aquele que tanto nos aflige nos
dias de hoje. Cito finalmente o que o nosso colega Euclides comentou
sobre “disciplina” e que estou totalmente de acordo. A disciplina
em sala de aula depende basicamente de 3 fatores: organização
pessoal, o nosso estado de espírito e da linguagem do nosso corpo.
Filomena
- Matemática
Da
forma como foi trabalhada a semana pedagógica com o tema
Indisciplina, me da motivação para dar continuidade ao ano letivo.
Espero que as idéias trabalhadas surtam efeitos positivos. Sendo
notória a maneira que nosso colégio lida com esse tema, já havendo
uma redução significativa nos casos de indisciplina.
Silvana
- Matemática
A
Semana pedagógica foi organizada sobre o tema gerador Indisciplina –
e pude observar que nestes dias colocamos em prática o objetivo
deste evento que é • Desenvolver o profissional de Educação
através de diversos exercícios e troca de experiências; atividades
essas que em conjunto levantamos, discutimos e pudemos fazer uma
Análise Institucional em Busca de Alternativas. Realmente foi um
momento muito proveitoso, com base conceitual muito bem trabalhada
proporcionando várias discussões, mudanças e propostas de mudanças
de paradigmas.
Prof.
Claudia Felisbino dos Santos - meio ambiente.
Antes
de qualquer comentário gostaria de dizer, como um dos profissionais
com maior tempo de serviço neste estabelecimento, alguém que
presenciou diferentes épocas e fases pelas quais a instituição
passou, que tenho muito orgulho e satisfação de ver o atual
andamento das atividades e o nível de entrosamento e seriedade dos
profissionais que aqui atuam, especialmente em relação aos
trabalhos desenvolvidos nos momentos de capacitação e reflexão,
como nestes dois dias. Parabéns à equipe pedagógica pela
organização e clareza. O nosso nível de participação e
contentamento, enquanto professores, é muito maior quando percebemos
que houve preparação, dedicação e sobretudo quando percebemos
firmeza e domínio dos temas tratados. Em relação à (in)
disciplina, tema tratado, percebo como de grande complexidade,
envolvendo fatores como conflito de gerações, família, condição
social, econômica, histórica e até religiosa. Conforme comentário
de um colega num dos momentos em que fomos indagados sobre a questão,
“um problema insolúvel, com o qual devemos e temos que conviver e
nos adaptar”. Para complicar ainda mais, conforme fala de outro
colega, “a sociedade e o governo não estão nem aí para a
escola...”. Apesar de todas essas dificuldades e contradições, a
escola está aí, defasada e fora do tempo como sistema, mas tem que
funcionar. Dia 23 nossos alunos retornam e temos que fazer o melhor,
cada um do seu jeito, usando suas técnicas, buscando inovar,
buscando entendimento e harmonia, acima de tudo. Todos temos nossas
qualidades e com certeza, com esforço, faremos a diferença. Sejamos
humildes quando necessário, busquemos auxílio com quem tem
capacidades e dons que nós não desenvolvemos. Façamos o máximo
para tornar nossas aulas interessantes, aproximando-as da linguagem
deles, na medida do possível. Aula interessante é igual a semana
pedagógica bem organizada, para voltar à idéia inicial. Ótimo
semestre a todos. Estou à disposição, como sempre.
Prof. Damasceno - História
Prof. Damasceno - História
A
indisciplina ainda é o maior desafio para os professores que atuam
em sala de aula, pela diversidade de interesse dos alunos, pela
educação recebida em casa, pelo próprio temperamento do aluno, que
já não está mais nem aí se o professor que está dando a aula
reivindica sua atenção.. Não é fácil dar uma aula que "agrade"
a todos, pois metade presta atenção e a outra metade conversa. Aí
já inicia um conflito, que se não for bem administrado por ambas as
partes,é um grande problema. A mediação de conflitos em sala de
aula é de longe uma habilidade qe todos os professores tem que
desenvolver, de maneira que o quadro se apresenta.
Marilise
- Artes
A
indisciplina continua e ainda vai ser nosso desafio, dentro da sala
de aula. É uma luta diária, entre tentar-mos levar conhecimento aos
alunos, o que o mundo lá fora mostra para eles, como melhor, mais
prazeroso. Esse trabalho deve ser acompanhado pelas familias ou ao
menos por quem se interessa, pela educação desse aluno. Bons
exemplos da familia e dos docentes, é uma pequena maneira de
tentar-mos amenizar o problema da indisciplina, é eu realmente disse
amenizar.
Prof
Vilmar Marques – Administração
Parar
e analizar os rumos de um objetivo a ser alcançado, faz com que
tornemos mais fácil e eficiente a caminhada. Nestes dois dias
pudemos compartilhar as dificuldades, que são muito semelhantes,
para acharmos a melhor forma de encaminhar a solução de cada
problema. A forma como os trabalhos foram conduzidos pela equipe
pedagógica, quanto ao conteúdo, a infraestrutura destes dias,
disponibilizada pela direção da escola e principalmente a
participação dos professores nas atividades, somaran-se para o
exito desta semana pedagógica. Parabéns a todos.
Alberto
Choinski Kloster - Informática
A
indisciplina de alguns alunos em sala de aula prejudica o aprendizado
daqueles que vem a escola pra aprender. É preciso buscar soluções
para resolver esta questão, pois muitos alunos que tem interesse em
aprender acabam perdendo a motivação, pois não conseguem se
concentrar naquilo que o professor está explicando e alguns até
desistem dos estudos.
Marcos
- Informática
A
indisciplina em sala de aula pode ser considerado um problema que tem
como principal causa a falta de valores como familia, religião, e
respeito ao próximo dentre outros, tudo começa na maioria das vezes
com o lar desestruturado onde nascem nossos alunos, e assim eles vêm
para a escola sem qualquer valor moral, tendo muitas vezes como
vávula de escape a sala de aula, que é onde eles demonstram suas
carências e tentam pedir ajuda. O professor não pode ser o salvador
da pátria, mas pode estar atento e encaminhar esses alunos para que
possam ter um acompanhamento pedagógico, familiar ou até mesmo
psicológico se necessário.
Josiane
Gomes Soares - Informática
Momentos
como essa Semana Pedagógica, em que "entramos de cabeça"
mesmo, proporcionam aprendizados que não são encontrados facilmente
nas cadeiras da Academia, em sala de aula. A troca de experiência
entre profissionais da educação realmente é uma oportunidade para
repensarmos nosso fazer enquanto educador. Atitudes, comportamentos,
condutas... Os educandos nos tomam como referência e nosso exemplo
fala mais que mil palavras. A indisciplina pressupõe a necessidade
de mudança. Em um conflito devemos entender a lógica do outro a
partir da sua própria razão para se chegar a um entendimento.
André
Leon - Sociologia
Mediante
informações trabalhadas nesta formação, a disciplina na escola é
uma questão de boa conduta, de formação de hábitos e valores
trazidos de casa. Que permitem ser moldado no ambiente
escolar.
Nosso trabalho é capaz de ajudar o aluno a ser disciplinado em todos os sentidos, a fim de que ele possa intervir em sua realidade e transformá-la. Através do diálogo, da conscientização, do comprometimento, da elaboração coletiva das regras disciplinares em sala de aula e da escola.
Com diálogo a indisciplina passa a dar lugar ao relacionamento equilibrado, de interação e troca de conhecimentos onde muitos professores alcançam de seus alunos o máximo de suas potencialidades. Porém, para se chegar á disciplina creio que o caminho é esse, a discussão, em prol do respeito ao ser humano e sua diversidade de pensamento, procurando desenvolver ações coletivas a serem seguidas por todo corpo docente na busca de um mesmo ideal.
Nosso trabalho é capaz de ajudar o aluno a ser disciplinado em todos os sentidos, a fim de que ele possa intervir em sua realidade e transformá-la. Através do diálogo, da conscientização, do comprometimento, da elaboração coletiva das regras disciplinares em sala de aula e da escola.
Com diálogo a indisciplina passa a dar lugar ao relacionamento equilibrado, de interação e troca de conhecimentos onde muitos professores alcançam de seus alunos o máximo de suas potencialidades. Porém, para se chegar á disciplina creio que o caminho é esse, a discussão, em prol do respeito ao ser humano e sua diversidade de pensamento, procurando desenvolver ações coletivas a serem seguidas por todo corpo docente na busca de um mesmo ideal.
Professora
Vagna Ap. S. Munhão - Biologia
Disciplina
ou indisciplina? Um desafio que se propõe às direções, equipe
pedagógica e professores. A definição do conceito, positivo ou
negativo, passa por nuances que não podem ser avaliadas com precisão
e muito menos sob posturas dogmáticas. No entanto, o trabalho
realizado permitiu uma visão ampla e peculiar de cada participante
das reuniões pedagógicas realizadas. A prática educacional de
todos prevaleceu sobre considerações acadêmicas. Isso proporcionou
um caráter efetivo e integrado capaz de oferecer experiências
pessoais e posturas longe das concepções e conclusões
simplistas.
Assim, há disciplinas, contéudos que favorecem a disciplina, pelo seu caráter ajustado à cultura do passado e da atual. A questão dos valores esquecidos e a influência do consumismo disseminado no seio das famílias ganhou destaque e, a partir de considerações sobre ele, permitiram uma visão engajada dos conceitos de disciplina em indisciplina. Esta semana pedagógica proporcionou um enriquecimento maior, pelo diálogo, talvez não observável nas anteriores. Se um verbo demonstrar uma disposição interior favorável, vai lá: Valeu!
Assim, há disciplinas, contéudos que favorecem a disciplina, pelo seu caráter ajustado à cultura do passado e da atual. A questão dos valores esquecidos e a influência do consumismo disseminado no seio das famílias ganhou destaque e, a partir de considerações sobre ele, permitiram uma visão engajada dos conceitos de disciplina em indisciplina. Esta semana pedagógica proporcionou um enriquecimento maior, pelo diálogo, talvez não observável nas anteriores. Se um verbo demonstrar uma disposição interior favorável, vai lá: Valeu!
Dirlene
Aparecida – Química e José Melquíades Ursi - Filosofia
Apesar
de não participar da semana pedagógica em sua totalidade, ainda
assim foi possível perceber a boa vontade e capacidade da equipe
pedagógia em fugir da mesmice de anos anteriores (não é uma
crítica à equipe mas sim as determinações da SEED que por tempos
ofereceram um material confuso, massante e pouco (ou nada) produtivo
aos professores).
O tema (in)disciplina, como muitos falaram, ainda vai ser por muito tempo o foco de debates e buscas para tentar amenizar um pouco a falta de um bom ambiente para o professor desenvolver seu trabalho, bem como para alguns bons alunos terem assegurado o seu direito em aprender, haja vista a insistência e a falta de responsabilidade de alguns alunos que optam pela indisciplina como seu comportamento preferido. Acredito que nós, enquanto escola, na maior da boa vontade (o que é característico dos professores) estamos absorvendo culpas, buscando justificativas/entendimentos e buscando soluções em um universo que transcende a própria escola. Eu pergunto, será que o poder público está tendo esta mesma "boa vontade" e "trabalhando" na tentativa de resolver tais questões? Será que as famílias estão interessadas em saber e procurar contribuir na melhoria deste estado de coisas? Será que a Segurança Pública estão realizando um trabalho efetivo e eficiente dando sua cota de colabaração para termos um ambiente melhor em todas as escolas? Pois é meus amigos, se encontramos alguns "nãos" para as questões anteriores (eu acredito em 3 nãos) fica estabelecido que o que sobra somos apenas nós, bem intencionados e batalhadores professores...
O tema (in)disciplina, como muitos falaram, ainda vai ser por muito tempo o foco de debates e buscas para tentar amenizar um pouco a falta de um bom ambiente para o professor desenvolver seu trabalho, bem como para alguns bons alunos terem assegurado o seu direito em aprender, haja vista a insistência e a falta de responsabilidade de alguns alunos que optam pela indisciplina como seu comportamento preferido. Acredito que nós, enquanto escola, na maior da boa vontade (o que é característico dos professores) estamos absorvendo culpas, buscando justificativas/entendimentos e buscando soluções em um universo que transcende a própria escola. Eu pergunto, será que o poder público está tendo esta mesma "boa vontade" e "trabalhando" na tentativa de resolver tais questões? Será que as famílias estão interessadas em saber e procurar contribuir na melhoria deste estado de coisas? Será que a Segurança Pública estão realizando um trabalho efetivo e eficiente dando sua cota de colabaração para termos um ambiente melhor em todas as escolas? Pois é meus amigos, se encontramos alguns "nãos" para as questões anteriores (eu acredito em 3 nãos) fica estabelecido que o que sobra somos apenas nós, bem intencionados e batalhadores professores...
Vladimir
- Ed Física.
A
Semana Pedagógica, pela primeira vez nos permitiu tratar sobre as
questões pontuais do Colégio. As dinâmicas desenvolvidas foram
somadas as trocas de experiências com debates e dinâmicas. Desta
forma pudemos realizar trocas de experiências e ideias para o
retorno. Acredito ter sido bastante positiva para todos os docentes e
saliento que as atividades vindouras deveriam continuar neste
formato.
Prof.
Everson Adelmo Pasquali
– Meio
Ambiente
10. Realizando as
Considerações Finais
O tema não foi esgotado.
Ao invés de respostas para todos os problemas, inúmeros outros
questionamentos emergiram. No entanto, ficou clara a compreensão
mais apurada do tema, bem como a delimitação de alternativas
práticas para implementar no cotidiano da escola e com isso
enfrentar com mais propriedade o problema da indisciplina.
Dentro só problemas
levantados pelos professores na “Árvore dos Problemas” estavam:
falta de concentração e de base nos conteúdos trabalhados pelo
professor, aulas vagas, conversas paralelas, boicote no uso de
uniforme e carteirinha, descomprometimento com a escola, atrasos às
aulas, etc. Para isso, almeja-se que o aluno se concentre mais nas
aulas, cumpra as regras, evite conversas paralelas, siga bons
exemplos, e com isso, ocorra um diálogo mais frequente e aberto
entre todos.
Importa, pois,
desenvolver ações, numa perspectiva coletiva, para sanar os
problemas e resolver os conflitos de forma dialogada e clara,
evidenciando o respeito mútuo e a busca por um ambiente pedagógico
mais adequado ao ensino e à aprendizagem.
11. Referencial
Bibliográfico
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2.ed. São Paulo: Summus, 1996.
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Classes Difíceis: ferramentas para prevenir e administrar os
problemas escolares. trad. Sandra Loguercio – Porto Alegre: Artmed,
2005.
BOYNTON,
M.; BOYNTON, C. Prevenção e
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Alegre: Artmed, 2008.
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A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003.
FERNÁNDEZ,
I. Prevenção da Violência e Solução de Conflitos: o Clima
Escolar Como Fator de Qualidade.
1a. edição. São Paulo: Madras, 2005.
MAGALHÃES,
O. A causa das coisas: Indisciplina e Escola. São Paulo: Aprender,
1989.
MENDES,
F. A indisciplina em aulas de educação física no 6° ano de
escolaridade – Contribuindo para o estudo dos comportamentos de
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São Paulo Edições Loyola, 1999.
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Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em
sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1993.
TIBA,
I. Disciplina: o limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996.
______.
Ensinar aprendendo: Novos Paradigmas na Educação. 18 ed.rev. e
atual. São Paulo: Integrare Editora, 2006.
ZAGURY,
Tânia. O professor refém: para pais e professores entenderem por
que fracassa a educação no Brasil. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Record,
2006.
______.
Escola sem conflito: parceria com os pais. 8ª. Ed. Rio de Janeiro:
Record, 2008.
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