sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Maurice Tardif


É filósofo, sociólogo e investigador canadense. Professor da Universidade Laval, em Quebec, e da Universidade de Montreal, onde leciona sobre a história do pensamento pedagógico. É membro de diversos grupos, comissões e associações de investigação sobre o trabalho docente e participa com frequência de debates internacionais sobre as reformas do ensino e da escola. 
Suas pesquisas são voltadas para evolução e a situação da profissão docente, além da formação de professores e os conhecimentos de base da docência. Para o autor, a docência é uma profissão de interações humanas. Nesta perspectiva, segundo Tardif, as ações do professor se constituem de forma completamente diferente de qualquer outra profissão. “Esse profissional precisa realizar um trabalho interativo com os alunos, como objetos de sua ação docente”. 
 Esta interação constante e intensa entre os atores da educação é que norteará o trabalho na sala de aula. Assim, “o planejamento pedagógico se dará em um processo dialético, contínuo e em constante elaboração, considerando o pensamento do aluno e compondo, através da observação e da intervenção, o contexto das ações na sala de aula”, ensina Tardif. 
É na mesma linha de Paulo Freire que Tardif vê o professor como agente de mudanças e intelectual engajado. Contextualiza a prática docente com a cultura local, abrindo possibilidades de entendimento de como os saberes docentes são construídos. Para o autor, o saber também é um “constructo social, produzido pela racionalidade concreta dos atores, por suas deliberações, racionalizações e motivações que constituem a fonte de seus julgamentos, escolhas e decisões”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário